Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Marinho, Alice Maria Correia Pequeno |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6135/tde-08112010-100604/
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Resumo: |
Introdução: O modelo de desenvolvimento agrícola implantado no Ceará tem causado importantes transformações no território, com significativos impactos socioambientais, marcado pela intensa utilização de agrotóxicos na produção da fruticultura irrigada por empresas do agronegócio. Fortemente relacionadas ao processo de apropriação capitalista em terrenos anteriormente explorados pela agricultura familiar e de sequeiro, são visíveis as transformações nos processos de vida e de trabalho das comunidades. Objetivo: Caracterizar dimensões dos contextos de risco delineados pelo processo de modernização agrícola para trabalhadores e comunidades envolvidas nos diferentes modelos de produção nos municípios de Limoeiro do Norte, Russas e Quixeré, no baixo Jaguaribe-Ce. Método: Adotou-se o referencial metodológico da Hermenêutica de Profundidade para pesquisa com abordagem qualitativa e quantitativa, cujos sujeitos foram trabalhadores, membros das comunidades e atores sociais, com a realização de grupos focais, entrevistas abertas e oficina de mapeamento de vulnerabilidades ambientais, registro fotográfico e diário de campo. Analisou-se presença de agrotóxicos em água que abastece as comunidades. Para a interpretação do material utilizou-se a Análise do Discurso. Resultados: A modernização ocorreu de modo excludente e concentrador, evidenciando impactos na distribuição e acesso a terra, nos processos de trabalho, nas relações de emprego, na vulnerabilidade e na percepção do risco a que estão expostos os trabalhadores e comunidades do entorno dos empreendimentos agrícolas, fragilizando os vínculos de identidade com o território, induzindo processos migratórios e desterritorialização. O contexto de risco é bastante diferenciado entre os segmentos sociais, incidindo diversamente não só sobre o processo saúde-doença do grupo mais vulnerável, agravado pela poluição dos compartimentos ambientais pela pulverização aérea e da água de consumo humano por múltiplos agrotóxicos, aflorando as lacunas do conhecimento, a fragilidade do Estado e o desalinhamento das políticas públicas que não conseguem vigiar, controlar nem prevenir os riscos à saúde e ambiente. Conclusão: Os problemas elencados exigem estratégias de enfrentamento que considerem a complexidade da vigilância do desenvolvimento pautada na articulação de saberes da saúde ambiental e do trabalhador na atenção básica, no reconhecimento das dinâmicas que conformam e transformam o território e na visibilização dos riscos e na sustentabilidade da vida |