Associação do uso recreacional da maconha durante a gestação com desfechos gestacionais e comportamentais em camundongos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Benevenuto, Sarah Gomes de Menezes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10132/tde-04102016-125441/
Resumo: A maconha é a droga ilícita mais consumida entre gestantes. Entretanto, os efeitos do uso materno sobre a gestação e o desenvolvimento fetal não são bem esclarecidos. Estudos experimentais e epidemiológicos apresentam resultados conflitantes devido à via de administração, tempo de exposição, dose e como a toxicidade da Cannabis é testada. Neste estudo experimental foram investigados os efeitos da inalação materna da fumaça de Cannabis sativa, aproximando as reais condições de uso da droga por humanos. Camundongas gávidas (n=20) foram expostas diariamente durante 5 minutos à fumaça decorrente da queima de maconha ( 0,2 g de Cannabis), ou ao ar filtrado, a partir do 5,5° dia gestacional (DG) ao 17,5° DG. A ingestão de alimentos e o peso materno foram registrados. Análise por ultrassom foram realizadas entre o 10,5° e o 16,5° DG. No 18,5° DG metade das fêmeas foram eutanasiadas para a a avaliação dos fetos a termo, reabsorções e placentas. A duração da gestação, desfechos neonatais e comportamentais (reflexo, força muscular, ansiedade e memória) em neonatos e adultos foram avaliados na outra metade das fêmeas. A exposição diária de 5 min (dose baixa) durante a gestação resultou em redução do peso ao nascer mas o tamanho da prole não foi alterado; No entanto, o número de filhotes machos por prole foi maior. Além disso, o peso líquido da placenta foi aumentado e a proporção feto/placenta foi diminuída em machos, mostrando um efeito específico do sexo. A exposição também alterou a força muscular e reflexos em neonatos, além de causar prejuízos na memória e efeito ansiolítico na prole exposta. Em conclusão, os resultados indicam que o fumo da maconha durante a gestação, mesmo em doses baixas, pode ser embriotóxico, fetotóxico e pode alterar o comportamento em neonatos e adultos