Arquitetura neocolonial: debates historiográficos no Brasil (1970-2020)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Peixoto, João Paulo Campos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16133/tde-01082022-164550/
Resumo: A arquitetura neocolonial foi objeto de leituras e abordagens plurais e contrastantes ao longo da história e da historiografia de arquitetura no Brasil. Amplamente compreendida, inicialmente, como um contraponto à Arquitetura Moderna, as visões consagradas acerca do neocolonial foram diretamente influenciadas pela clivagem tradição-modernidade. Fixada por décadas na historiografia da arquitetura como uma iniciativa de caráter eclético-historicista, a leitura acerca do neocolonial começa a se transformar a partir, sobretudo, de trabalhos publicados nos anos 2000 e 2010, que passam a reconhecer essa manifestação arquitetônica como um ideário, que se vincula a uma série de contribuições ao cenário cultural brasileiro no início do século XX. Esta pesquisa visa analisar os debates e a compreensão estabelecida em torno da temática arquitetura neocolonial na historiografia de arquitetura, produzida a partir dos anos de 1970, década que marca o surgimento dos primeiros programas de pós-graduação em arquitetura e urbanismo no Brasil e, por conseguinte, o início da consolidação da pesquisa em história da arquitetura neste país. Para tanto, investigamos, a princípio, os programas de pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo brasileiros em linha com sua produção científica neste recorte temático, sob um olhar panorâmico. Em seguida, nos aprofundamos em leituras específicas que compreendem, primeiro, o neocolonial como uma arquitetura de viés eclético- historicista e, na sequência, aquelas leituras que compreendem essa mesma manifestação arquitetônica como um ideário. Diante de toda essa abordagem, identificamos que há, de fato, uma transformação no paradigma historiográfico da arquitetura brasileira que incide sobre o neocolonial, legitimando, inclusive, a sua posição como objeto de pesquisa no campo. Assim, esperamos que este trabalho amplifique as novas abordagens e leituras interpretativas sobre essa arquitetura, para além daquelas visões que já são amplamente estabelecidas e consagradas.