Efeitos do time-out autoimposto de duração fixa ou livre

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Hoffmann, Guilherme Lauro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47132/tde-11122023-131235/
Resumo: O estudo teve como objetivo comparar a frequência de respostas que produzem time-outs (TO) e mudança ambiental (MA), de duração fixa e livre, bem como verificar se existem diferenças no padrão de produção de TOs e MAs de diferentes durações fixas. Para isso, ratos machos, experimentalmente ingênuos, foram divididos em quatro grupos (N=5): TO livre; TO fixo; MA livre; e MA fixo. Os sujeitos TO passaram por treino para responder discriminadamente em uma barra sob contingência de reforço positivo em FR 15 na presença de uma luz. Os sujeitos MA, por treino similar, mas a iluminação da caixa não teve função de estímulo discriminativo (luz não controlou possibilidade de reforço). Em seguida, ainda em FR 15, foram feitas 24 sessões experimentais com cada sujeito. Durante as sessões experimentais, uma segunda barra foi introduzida. Respostas nela tiveram como consequência a alteração da iluminação da caixa (acompanhada de suspensão da contingência na primeira barra, somente para os grupos TO). Para os grupos TO e MA livre, uma segunda resposta retomava as condições originais da caixa. Para os grupos TO e MA fixo, a retomada das condições originais aconteceu após um período determinado de tempo (6 sessões foram feitas com cada uma das durações: 30, 15, 7 e 2s). Os resultados encontrados indicaram maior frequência de respostas na segunda barra quando a consequência produzida era de TO Livre. Sujeitos em MA livre, TO fixo e MA fixo não apresentaram diferença significativa entre eles. Além disso, independente da condição experimental, foi registrada queda na frequência de respostas na segunda barra ao longo do experimento, o que impossibilitou a avaliação dos efeitos das diferentes durações de TO e MA fixo. Funcionalmente, pode-se hipotetizar que as respostas que produzem TO livre estão sendo reforçadas por algo que não está presente na contingência de TO fixo. Se as respostas que produzem o TO livre podem ser duplamente reforçadas - ao produzir o TO, e ao reintroduzir a contingência de FR em B1 é possível que essa variável seja determinante para que haja maior frequência de TO quando ele é livre do que quando é fixo. Pode ser também que haja algo aversivo na contingência de TO fixo, que reduz a frequência de respostas desse grupo. Em TO fixo os sujeitos podiam iniciar o período de TO mas, a partir da sua instalação, o encerramento do período não dependia de nenhuma resposta emitida por eles. Isso caracteriza que a duração do TO como incontrolável pelos sujeitos (o que pode tornar o TO fixo aversivo).