Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Antunes, Felipe Correia Cruz Soares |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47132/tde-14022022-181912/
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Resumo: |
Alguns dos estudos sobre os efeitos de ganhos não contingentes sobre o comportamento, tem buscado analisar a relação entre o padrão do responder de um indivíduo e a verbalização sobre a capacidade de controle das mudanças ambientais. O presente estudo pretendeu estender a análise da relação fazer-dizer, comparando situações com apresentação e remoção não contingente de reforçadores positivo e negativo. Para isso, foi feito um único experimento com modificação de alguns parâmetros em delineamentos de trabalhos anteriores, com o objetivo de dar conta de analisar a relação entre respostas em condição de reforço (positivo e negativo) e estimativas de controle. Participantes foram divididos em dois grupos: SUCESSO e FRACASSO. Dois esquemas de reforçamento (VT 15s e ausência de estímulo) em cada grupo foram utilizados em três condições experimentais. Cada participante fez parte de apenas um grupo, passando pelas três condições. A ausência do estímulo (análoga a extinção) serviu como linha de base, enquanto que a apresentação não contingente da palavra, controlada por um esquema VT 15s, serviu como condição experimental. Para todos os participantes, as palavras SUCESSO ou FRACASSO, quando apareciam, permanecia por 1 segundo na tela do computador. A depender do grupo, o participante era instruído a descobrir como produzir (SUCESSO) ou evitar (FRACASSO) a palavra na tela, utilizando apenas a tecla ENTER. Nos primeiros quatro minuto da sessão, nenhuma palavra aparecia. A partir do minuto 5, passava a vigorar a condição experimental, na qual a palavra aparecia, independente da resposta, em média a cada 15 segundos. Após os 16 minutos de condição experimental, era reintroduzida a linha de base, até que o participante decidisse encerrar o experimento. Ao final de cada sessão foram feitas perguntas pontuadas em uma escala Likert de 7 pontos para análise do julgamento sobre a habilidade e confiança dos participantes em controlar as palavras na tela do computador. Independente do grupo, as taxas de respostas foram significativamente maiores para condição de VT 15s, se comparadas às linhas de base. Estes dados apontam para um efeito de controle acidental das respostas dos participantes. Não houve diferença entre as taxas de respostas entre as condições experimentais de cada grupo. Esse fato pode ser justificado pelas correlações entre taxas de respostas e contiguidade de aparição da palavra. Independente do grupo, quanto mais a palavra aparecia contigua a uma resposta, mais os participantes respondiam. Este dado demonstra a relevância de critérios mais objetivos no estabelecimento de funções à diferentes estímulos neste tipo de experimento. Para o grupo SUCESSO a estimativa de habilidade se correlacionou positivamente com as taxas de respostas e com a contiguidade no aparecimento da palavra. Já para grupo FRACASSO houve correlação entre habilidade e contiguidade com a retirada da palavra. Estes últimos dados podem não só dar força para hipótese de que o julgamento de controle possa vir a ter função de operante de tato, controlado pelo desempenho do próprio participante, como amplia esta análise e indica um controle condicional das diferentes instruções empregadas |