Sobre a tomada da palavra em educação: uma leitura de Jacques Rancière

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Rodrigues Netto, Eric
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48135/tde-27052022-110234/
Resumo: Nesta pesquisa teórica, buscamos compreender possíveis relações da ideia de tomada da palavra com os textos do pensador franco-argelino Jacques Rancière, em especial os seus contributos para a educação. Tendo extração inicial a partir do caráter simbólico que a tomada da palavra veio a ganhar no contexto de maio de 1968 na França e na aproximação que propõe entre as palavras de poetas, trabalhadores e intelectuais , interpretamos esta noção em diálogos possíveis de textos de Rancière com seu O mestre ignorante. Um deles trata da cena romana da secessão dos plebeus ao monte Aventino e de uma querela sobre a palavra, em passagens do livro O desentendimento; outro, envereda pelos trabalhos de Rancière acerca do regime estético ou regime das artes, a fim de salientar a potência poética da tomada da palavra em educação. Nesse sentido, investigamos como essa noção desestabiliza as hierarquias socialmente definidas entre aqueles que podem ou não falar, entre intelectuais e não-intelectuais, e como o povo verifica sua capacidade intelectual e a igualdade das inteligências ao tomar a palavra.