Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2005 |
Autor(a) principal: |
Silveira, Cristiane Aparecida |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-17082005-114514/
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Resumo: |
A inserção da mulher no mercado de trabalho tem ocorrido como um processo crescente; as duplas ou triplas jornadas, os baixos salários e as condições perigosas e insalubres têm ocasionado implicações negativas para sua saúde, especialmente relacionadas aos Acidentes de Trabalho (AT) e doenças relacionadas ao mesmo. Os AT têm aumentando em número e freqüência e retratam a violência e o desrespeito ao trabalhador existente no mundo do trabalho. Mulheres acidentadas e com ferimentos ocupacionais são encaminhados e/ou procuram o atendimento à saúde, sendo que, muitas vezes, os acidentes possuem forte associação com o trabalho. O estudo objetivou identificar a ocorrência de AT, entre mulheres, atendidas em situação de emergência em um hospital-escola na cidade de Ribeirão Preto, São Paulo, caracterizando-as quanto aos seus dados pessoais e profissionais; os AT foram identificados quanto ao número, tipo, causas, partes do corpo afetadas, diagnósticos médicos atribuídos por ocasião do atendimento aos acidentados e eventuais encaminhamentos posteriores efetuados pelos profissionais de equipe de saúde. O estudo abrangeu dois anos (2002-2003), obedecendo os procedimentos éticos recomendados, sendo autorizado pela Direção da instituição, consultando-se as anotações dos prontuários dos pacientes, a fim de que se identificar os AT femininos. Constatou-se que 82 mulheres sofreram 117 AT, considerando que 61 (74,39%) sofreram um acidente no período de dois anos estudados, observando-se também a ocorrência de poliacidentabilidade. Das 82 mulheres que sofreram AT, a maioria tinha idade entre 25 e 40 anos (52,78%); 47,56% casadas; 89,02% eram procedentes de Ribeirão Preto. Quanto à ocupação e/ou profissão exercida, os maiores percentuais (23,17% cada um) eram trabalhadoras dos serviços domésticos e de técnicas e auxiliares de enfermagem. Os AT ocorridos foram, em sua maioria, típicos (60,98%) e ocorreram período da manhã (41,46%). Quanto ao profissional que efetuou o registro no prontuário da acidentada, 52,44% dos casos foi realizado por mais de um membro da equipe de saúde. Quanto às causas dos AT, a maioria (32,93%) ocorreu por Quedas" seguidas de Exposição a Forças Mecânicas Inanimadas" (19,51%); Quanto aos diagnósticos médicos a maioria foi Traumatismos (78,62%); as partes do corpo mais afetadas nos acidentes, em 35,37% dos casos, foram os membros inferiores. Em relação aos encaminhamentos efetuados, 39,02% corresponderam a alta do paciente. Sugestões são feitas no sentido de minimizar tais ocorrências, de proteção ao trabalho da mulher e treinamento dos profissionais de saúde para que possam oferecer um melhor atendimento a estas acidentadas. |