Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1999 |
Autor(a) principal: |
Amador, Denise Bittencourt |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11142/tde-20210918-204437/
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Resumo: |
A expansão da fronteira agrícola foi responsável por promover a abertura de grandes áreas para monocultivos, provocando uma grande fragmentação das florestas naturais. Em paisagens intensamente cultivadas, os fragmentos florestais são, de maneira geral, pequenos, isolados e perturbados. Porém, é onde se encontra a maior parte da biodiversidade remanescente. Existem evidências crescentes de que estes fragmentos não são auto-sustentáveis e requerem não apenas a proteção contra perturbações antrópicas, mas também um manejo ativo para conservar suas populações ameaçadas de extinção. O alto custo de recuperação dos fragmentos e de matas ciliares é um obstáculo à sua realização por proprietários rurais. Alternativas que diminuam este custo devem ser desenvolvidas, contribuindo para uma ampla difusão de projetos de recuperação ambiental em propriedades privadas. Os sistemas agroflorestais (SAFs) são associações de espécies agrícolas e florestais. Apresentam-se como alternativa promissora para a recuperação e conservação dos fragmentos florestais. Possibilitam a reprodução dos mecanismos da natureza, garantindo uma produção agrícola/florestal que compensa parte dos custos de implantação de restauração de ecossistemas degradados. Esta pesquisa discute a recuperação de fragmentos florestais por meio de sistemas agroflorestais. O projeto se desenvolve em um fragmento florestal de 86 hectares, situado numa fazenda de produção de cana-de-açúcar, em Piracicaba, São Paulo. Foram testados três tratamentos para recuperação da eco-unidade 'capoeira baixa' em áreas de borda e de interior do fragmento: (i) poda dos cipós e sistema agroflorestal, (ii) poda dos cipós e plantio de espécies agrícolas e (iii) testemunha. O sucesso do manejo foi avaliado através da densidade da regeneração de plântulas, riqueza de espécies, crescimento das mudas plantadas, produção das espécies agrícolas, crescimento das árvores pré-existentes e alguns indicadores qualitativos. Os resultados foram animadores, com alta densidade de plântulas recrutadas e alto crescimento das mudas plantadas. A recuperação do fragmento pode ter os custos compensados em parte pela receita da produção, requerendo ainda pesquisas com outras espécies e tipos de manejo. Para que este projeto fosse adequado e acessível ao contexto local, iniciou-se o resgate do conhecimento histórico e etnoecológico local, considerando o envolvimento e a relação do proprietário, comunidade de moradores da Fazenda, grupos religiosos e entidades ambientalistas relacionadas com o fragmento. Esta abordagem busca a participação destes atores sociais na procura por soluções para a conservação do fragmento, visando traçar estratégias em parcerias entre os grupos envolvidos. |