O papel do exame ultrassonográfico na avaliação de alterações musculoesqueléticas dos segmentos toracolombar e lombar da coluna vertebral de cães

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Ercolin, Anna Carolina Mazeto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/74/74135/tde-28052018-105051/
Resumo: Lesões em coluna vertebral estão intimamente relacionadas a alterações neuromusculares, de modo que pela sensibilidade dolorosa e restrição da movimentação podem levar a alterações musculares como assimetrias e atrofias. Por outro lado, a musculatura enfraquecida pode predispor a lesões vertebrais. Esse trabalho buscou investigar ultrassonograficamente a presença de alterações musculoesqueléticas em cães com suspeita clínica de alterações nos segmentos toracolombar e lombar da coluna vertebral, confirmada ou não, pelo exame radiográfico. Além da análise descritiva, o grau de atrofia muscular foi quantificado através da mensuração da espessura e área da secção transversal do músculo Multifidus dorsi no nível de cada vértebra entre T13 e L7. Análises descritivas e quantitativas foram realizadas para 30 cães hígidos e 30 sintomáticos, levando em conta a presença de lesões, escore de condição corporal e tempo de evolução do quadro (para animais com histórico de lesão). O exame ultrassonográfico possibilitou a avaliação qualitativa de superfícies ósseas dos processos articulares e espinhosos, ligamentos supraespinhoso, interespinhoso e flavo e grupos musculares que envolvem o Multifidus dorsi e Longissimus dorsi, bem como alterações de ecogenicidade e irregularidades em superfícies ósseas e fibras musculares. Para análise dos dados foi utilizado um modelo com três fatores, considerando presença de lesão, cronicidade e escore como efeitos fixos e o bloco idade-sexo-porte como efeito aleatório. A espessura do Multifidus dorsi foi menor em animais com lesão do que em cães hígidos e naqueles cães que apresentaram lesão crônica, quando comparado com animais sem histórico de lesão, não variando entre cães com escore adequado ou obesos. Houve menores valores de área da secção transversal para animais com lesão crônica e uma correlação forte entre mensurações de área dos lados direito e esquerdo para uma mesma vértebra. A ultrassonografia mostrouse um método interessante para estimativa da atrofia muscular com base na espessura do Multifidus dorsi, sobretudo no nível de T13, L1 e L3. A utilização da ultrassonografia musculoesquelética da coluna vertebral neste trabalho apresentou impacto positivo em 45% dos casos, seja por concomitantemente contribuir para o diagnóstico diferencial e influenciar na conduta em 17% dos casos ou por exclusivamente influenciar na conduta em 28% deles. O emprego deste método não afetou o diagnóstico em 55% dos casos. Portanto, é um método promissor para ser empregado na investigação musculoesquelética da coluna vertebral toracolombar e lombar, em casos específicos.