Representações de proficiência e a construção do inglês como língua necessária na pós-graduação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Siqueira, Ana Paula Barioni Leite
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8147/tde-30112009-105052/
Resumo: A proficiência em uma língua estrangeira ocupa um lugar de extrema importância na pós-graduação. O exame de proficiência é uma das etapas do processo seletivo a primeira, na maioria dos institutos , e, caso sejam reprovados nessa avaliação, os candidatos não poderão seguir para as próximas fases. A noção de proficiência, nesse contexto, parece ser um conceito pressuposto, com uma definição aparentemente clara, que dispensa uma discussão em torno do tema. No entanto, ao analisarmos a maneira como a proficiência configura-se na pós-graduação, observamos que esse conceito, aparentemente tão estável, é construído no imaginário de maneira fluída, ou seja, ao invés de falarmos em proficiência, poderíamos falar em proficiências. Assim, esse trabalho tem como principais objetivos analisar as representações de proficiência em língua inglesa presentes nos dizeres de coordenadores, alunos e candidatos à pós-graduação e o modo como a necessidade da língua inglesa é construída nesse contexto. Para tanto, baseamo-nos em pressupostos teóricos da Análise de Discurso, para a qual os sentidos são construídos em uma relação sócio-histórica. Ao longo das análises, constatamos que a representação de proficiência é construída nos dizeres dos entrevistados de uma maneira heterogênea: ora aparece calcada no imaginário de língua, ora no mito do falante nativo, ora na questão do tempo e complexidade dos cursos de mestrado e doutorado. Em nosso propósito de investigar por que a língua inglesa (e não outro idioma) é a mais exigida nos exames de proficiência em língua estrangeira, observamos que a posição hegemônica do inglês, conquistada devido a alguns fatores históricos e fortalecida pela globalização, pode ter contribuído para a necessidade desse idioma. Todavia, tal necessidade é justificada pelo fato de que os alunos de mestrado e doutorado deverão estar preparados para lerem textos em inglês, participarem de congressos internacionais, assistirem aulas com professores estrangeiros e fazerem estágios no exterior.