Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Lopes, Maria Elizabete Barretto de Menezes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/91/91131/tde-20092010-110934/
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Resumo: |
O presente estudo tem por objetivo verificar a representação dos agrotóxicos nas mensagens contidas em alguns jornais e revistas da imprensa brasileira. Para tanto, realizaram-se análises de conteúdo e de discurso das matérias jornalísticas de uma amostra constituída de nove veículos, compreendendo tanto os de informação geral como os especializados na área agropecuária. A presença de anúncios sobre os agrotóxicos nas revistas especializadas Globo Rural, A Granja e Balde Branco possibilitou a classificação das mensagens em quatro categorias: matérias jornalísticas sobre os agrotóxicos, publicidades sobre os mesmos, matérias jornalísticas sobre outros assuntos agropecuários e anúncios sobre outros produtos agropecuários. Da categoria matérias jornalísticas sobre os agrotóxicos estabeleceram-se outras quatro, ordenando-se em matérias favoráveis e desfavoráveis a esses compostos, factuais e relacionadas às técnicas de produção alternativa, completando-se oito categorias. Nos demais veículos constantes deste estudo, por não apresentarem anúncios comerciais de agrotóxicos, analisaram-se somente as matérias jornalísticas sobre esses produtos, bem como as suas subdivisões. Avaliaram-se, ainda, os gêneros dessas matérias, classificando-as em cartas, notas, notícias, reportagens, Informes Publicitários SEBRAE e reportagens de capa, sendo mensurados de acordo com as técnicas de análises de conteúdo. Investigaram-se também as fontes de informação das matérias jornalísticas sobre os agrotóxicos bem como os recursos comunicativos utilizados pela mídia impressa, com a finalidade de atrair os leitores a essa temática. Observou-se predominância das matérias de incentivo ao consumo dos agrotóxicos, à exceção dos Informativos Publicitários SEBRAE, publicados pela revista Globo Rural. Estes salientaram as matérias relacionadas às técnicas alternativas, principalmente as que abordaram a produção orgânica de alimentos. As mensagens que versaram sobre os agrotóxicos foram mais frequentes nos veículos agropecuários, os quais definiram a agenda dos jornais e revistas de informação geral. As fontes de informações governamentais, das instituições de pesquisa e universidades públicas demonstraram a sua participação nas políticas que favorecem o uso e a permanência das corporações desses produtos no Brasil. No corpus desse estudo, constituído de 20.723 páginas, constatou-se apenas um relato que denunciou a internação por intoxicação provocada por agrotóxicos de pelo menos seis trabalhadores rurais. A representação dos agrotóxicos no universo amostrado não aludiu a algum movimento social ou grupos de combate a esses compostos. |