Respostas de observação na tarefa de pareamento ao modelo: analisando topografias de controle de estímulos e seus efeitos sobre a formação de equivalência

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Hamasaki, Eliana Isabel de Moraes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47132/tde-14082009-135531/
Resumo: Entendendo que o estudo das topografias de controle de estímulo (TCEs) pode ser beneficiado em um procedimento de discriminação condicional para a investigação de controle complexo de estímulos, em especial na formação de classes de estímulos equivalentes, o presente estudo busca investigar essa questão diretamente, por meio de um software que executa o matching-to-sample (MTS) de uma maneira modificada. Tal modificação na tarefa de MTS consiste basicamente da introdução de respostas de observação (ROs) como um possível recurso para a descrição e a avaliação do estabelecimento de diferentes TCEs tanto ao longo do treino de discriminações condicionais como dos testes para verificar a formação de classes de estímulos equivalentes. Para tanto, foram planejados três experimentos. No Experimento 1, os objetivos foram a) investigar a ocorrência e seqüência de ROs e b) analisar a probabilidade do estabelecimento de diferentes TCEs (seleção e rejeição). Participaram três estudantes universitários. Na tarefa, MTS com atraso de 0s e três estímulos de comparação, estes e o estímulo modelo apresentavam-se inicialmente cobertos, tornando-se visíveis somente após a emissão de ROs. Todos os participantes apresentaram sucesso na formação de equivalência, com probabilidades de respostas de escolha ao S+ sob controle tanto da TCE seleção como da TCE rejeição, demonstrando que as ROs tornaram-se um recurso efetivo para esse tipo de investigação. No Experimento 2, foram apresentadas variações metodológicas com o objetivo de favorecer o estabelecimento de uma ou de outra TCE (seleção ou rejeição), durante o treino das relações condicionais e verificar os efeitos destas variações no desempenho obtido nos testes. Participaram seis estudantes universitários submetidos a uma condição na qual a observação ao S+ (três participantes) ou ao S- (três participantes) foi impedida em 70% das tentativas de treino. Os resultados indicaram que as restrições à observação de S+ produziram maior prejuízo à formação de equivalência do que as restrições as restrições à observação de S-, além de se evidenciar a relativa falta de coerência entre as TCEs planejadas e as estabelecidas pelos participantes. Para o Experimento 3, no qual participaram 12 estudantes universitários, o arranjo experimental programado durante a fase de treino foi: a) definir S+ a partir da primeira RO emitida como uma situação favorecedora do estabelecimento da TCE seleção (para três participantes, em 100% das tentativas e para outros três, em aproximadamente 80% das tentativas) ; e b) definir o S+ a partir da terceira RO como uma situação favorecedora do estabelecimento da TCE rejeição (em 100% das tentativas para três participantes e em, aproximadamente 80%, para outros três). Nos resultados, destacou-se o sucesso da formação de classes de estímulos equivalentes no desempenho apresentado por todos os participantes sob as condições 1ª/80% e 3ª/80% e por apenas um participante da condição 1ª/100%. Nos desempenhos bem-sucedidos nos testes, identificou-se o estabelecimento de ambas TCEs, especialmente sob as condições 3ª/80% (todos os participantes) ou, majoritariamente da TCE seleção (único participante da condição 1ª/100%). O conjunto geral dos dados permite discutir que o favorecimento a uma ou outra TCE pode alterar o treino de condicionalidade, pois o sucesso na formação de equivalência parece ser produto de uma provável simultaneidade das diferentes TCEs. Neste sentido, há que se investir ainda mais nas manipulações cujo foco seja o planejamento de diferentes favorecimentos.