Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Reiss, Debora Borowiak |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5140/tde-31012024-165937/
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Resumo: |
Apesar de estar bem estabelecido na literatura médica os benefícios da prática regular de atividade física (AF), o aconselhamento e prescrição de AF não são colocados em prática pela maioria dos profissionais. Deste modo, propõe-se caracterizar condutas e conhecimento médico sobre a recomendação de AF no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP). Trata-se de estudo observacional transversal em que foram recrutados médicos com vínculo ativo com o HCFMUSP e com as Fundações vinculadas, convidados a responder um questionário online mediante aceitação do Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE) conforme parecer do comitê de ética (CAAE 20231419.2.0000.0068). Foi utilizada o Research Electronic Data Capture (REDCap), instrumento web seguro para coleta de dados, capaz de auditar trilhas tornando possível o rastreio de manipulação de dados. O questionário foi adaptado para abordar a formação médica, hábitos de vida e conhecimento sobre AF e mudanças de conduta no contexto da pandemia de COVID-19, e avaliado por especialistas quanto ao seu conteúdo, consistência e coerência. As variáveis contínuas são apresentadas em média ± desvio padrão de acordo com a normalidade dos dados, já as variáveis categóricas em valores absolutos e relativos (%). As comparações foram avaliadas pelo teste quiquadrado. A associação entre variáveis independentes e dependentes foram testadas por meio de modelos ajustados de regressão logística binária e apresentadas com valores de odds ratio (OR) e intervalo de confiança de 95% (IC95%), sendo a significância adotada de p £ 0,05. A taxa de resposta foi de 11,5%, sendo 50,6% do sexo feminino, com idade média de 45 anos (dp = 12,8). Do total, 67,7% praticam AF regularmente e 63,3% permanecem sentados de 4 a 8h por dia. Apenas 40,7% tiveram treinamento prévio sobre AF, 99,7% reconhecem a importância de recomendar AF, porém 34,3% consideram que AF é adjuvante ao tratamento. Assim, apenas 31,9% e 48,4% respectivamente avaliam e recomendam AF em todas as consultas, sendo as principais barreiras a falta de tempo e treinamento específico. Quanto a autoeficácia percebida 69,2%, 58,7% e 65,5% avaliam como boa/excelente suas habilidades em colher histórico sobre AF, avaliar contraindicações e convencer o paciente respectivamente. Porém 64,4% reconhecem como regular/ruim sua habilidade em escrever uma prescrição de AF. Quanto ao conhecimento sobre AF moderada, vigorosa e exercício de força, as taxas de acerto foram respectivamente 49%, 17,3% e 36%. Sobre a população pediátrica, apenas 10,4% acertaram sobre as recomendações de AF, 18,9% e 9,9% sobre tempo sedentário na infância e adolescência respectivamente. Embora 47% tenham acertado a maioria das questões sobre AF, 64,2% responderam erroneamente sobre a definição de AF, confundindo-a com exercício. Finalmente, 87,3% consideram que AF deve ser um tema obrigatório na formação acadêmica e 11,9% consideram ser opcional. Apesar dos médicos reconhecerem a importância de recomendar AF e perceberem elevada autoeficácia em relação ao aconselhamento, poucos colocam em prática e, quando o fazem, a maioria não orienta adequadamente. A justificativa pode estar na falta de treinamento prévio em AF e/ou nas dificuldades práticas impostas pela complexidade dos atendimentos no HCFMUSP |