Avaliação de crescentes  teores de zinco dietético no metabolismo do cobre e na prevenção de intoxicação cúprica em ovinos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Minervino, Antonio Humberto Hamad
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10136/tde-17122013-162629/
Resumo: Esse trabalho objetivou avaliar o efeito de crescentes quantidades de zinco dietético no metabolismo do cobre e na prevenção de intoxicação cúprica em ovinos. Foram utilizados 40 ovinos, machos, mestiços da raça Santa Inês, distribuídos em 5 grupos experimentais de 8 animais cada, submetidos a diferentes tratamentos com cobre (Cu) e zinco (Zn). Os grupos A, B, C e D receberam diariamente 12 mg de Cu por kg de PV sendo que adicionalmente o grupo A recebeu 1 mg de zinco por kg de PV/dia, o grupo B 4 mg de zinco por kg de PV/dia e o grupo C recebeu 8 mg de zinco por kg de PV/dia. O grupo H (controle), recebeu apenas a dieta basal. O experimento teve duração de 14 semanas. Foi realizada biópsia hepática ao início do estudo e sacrifício dos animais ao término do período experimental para coleta de tecidos e flúidos. Foram determinadas as concentrações de cobre e zinco no fígado, bile e sangue total. Semanalmente foram coletadas amostras de sangue para determinações bioquímicas e hematológicas, bem como realizada pesagem dos animais. Nenhum animal do grupo controle (H) e do grupo C (alto zinco) apresentou manifestação clínica, enquanto um animal dos grupos A, B e D, respectivamente, apresentou quadro clínico característico de intoxicação cúprica acumulativa (lCA). Observou-se uma elevação dos valores de cobre no fígado em todos os grupos experimentais entre o início e o final do experimento, contudo a elevação verificada no grupo H foi marcantemente menor, tendo ocorrido em decorrência de maiores níveis de cobre na dieta basal. Verificou-se ao final do experimento que os grupos A, B, C e D apresentaram maiores concentrações de cobre hepático em relação ao grupo H. O grupo C (alto Zn) teve menor concentração de cobre hepático do que o grupo D, que não recebeu zinco. Os grupos suplementados com zinco apresentaram maiores concentrações de metalotioneína (MT) no fígado em relação aos grupos não suplementados (D e H). Os grupos A e C apresentaram maiores valores de Cu ligado à MT em relação aos grupos D e H. Conseqüentemente houve maior proporção de Cu ligado à MT em relação ao Cu total nos grupos A e C em relação ao grupo D. Não foram verificadas diferenças significativas entre os valores da atividade da yGT entre os grupos suplementados com cobre, havendo apenas uma clara diferença entre o grupo controle e os demais. Ocorreu uma elevação dos valores da atividade da yGT em relação ao tempo zero nos grupos A, B C e D a partir da sétima semana. Observou-se uma elevação dos valores da atividade da AST em relação ao tempo zero nos grupos suplementados a partir da oitava semana do experimento. Não foram verificadas alterações nas variáveis bioquímicas e hematológicas nos grupos experimentais no decorrer do experimento, a exceção dos três animais que apresentaram quadro clínico de ICA. A quantidade de cobre utilizado para desafiar os ovinos foi suficiente para gerar um aumento substancial de cobre hepático e provocar em alguns dos animais quadros característicos de intoxicação cúprica. A adição de altos teores de zinco preveniu a morte de animais no decorrer do experimento; promoveu uma redução na quantidade de cobre acumulado no fígado; estimulou a síntese de metalotioneína hepática; incrementou a quantidade de cobre hepático ligado à metalotioneína; assim como o percentual de cobre hepático ligado a metalotioneína. Essas condições favoreceram a prevenção de quadros de intoxicação por cobre em ovinos.