Estudo comparativo da susceptibilidade de bovinos e bufalinos à intoxicação cúprica acumulativa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Minervino, Antonio Humberto Hamad
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10136/tde-25042007-100336/
Resumo: O presente trabalho objetivou avaliar comparativamente a susceptibilidade dos bufalinos e bovinos à intoxicação cúprica acumulativa, por meio do fornecimento de quantidades crescentes de cobre, analisando variáveis clínicas, sangüíneas e os teores de cobre hepático. Com tal objetivo, foram utilizados 20 ruminantes, 10 bovinos (mestiços) e 10 búfalos (raça Murrah) jovens, aleatoriamente distribuídos em seis animais de cada espécie nos grupos que receberam cobre (BOV Cu e BUF Cu) e quatro animais nos grupos controle (BOV e BUF). Diariamente, os grupos BOV Cu e BUF Cu receberam por meio de fistula ruminal 2 mg Cu /kg/PV (CuSO4.5H2O) sendo esta dose acrescida de mais 2 mg/kg/PV a cada semana, até o término do experimento (105 dias). Foram realizadas três biópsias hepáticas (Dia 0 - dia 45 - dia 105) em todos os animais para determinação da concentração de Cu e Zn neste órgão. Quinzenalmente, foi realizado exame clínico, pesagem dos animais e coleta de amostras de sangue. Três bovinos e dois búfalos dos grupos BOV Cu e BUF Cu manifestaram quadro laboratorial e/ou clínico sugestivo de intoxicação cúprica acumulativa (ICA), vindo a sucumbir em seguida. Não existiu diferença entre a freqüência de mortalidade entre os bovinos e búfalos (P > 0,87). Destaca-se a presença de dois quadros clínicos diferentes, o clássico (um bovino e um búfalo) e um atípico (dois bovinos e um búfalo), caracterizado pelo destacado acúmulo de cobre hepático, hiporexia progressiva seguida de anorexia, desidratação, redução dos movimentos de ruminais, oligúria, acentuada apatia e morte, mas sem apresentar hemoglobinúria. Parte dos bovinos e bufalinos se mostraram resistentes à ICA a despeito da administração de altas quantidades cobre. Os teores de cobre hepático nos bovinos com ICA foram superiores, em mais de 100%, aos encontrados nos bufalinos (4389 e 2052 ppm respectivamente). Bovinos com ICA aumentaram a concentração de zinco hepático nas fases finais da intoxicação. A presença de altas atividades séricas de gamaglutamil transferase (GGT) (> 24,6 U/L) e de aspartato aminotransferase (AST) (> 90 U/L) para bovinos e GGT (> 20 U/L) para bufalinos indicaram de maneira efetiva a presença de destacado acúmulo de cobre nos tecidos hepáticos (1000 ppm). Com exceção de um búfalo com o quadro atípico nenhum outro animal apresentou quadro de insuficiência renal.