Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Silva, Juliana Guilherme da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-10112023-172313/
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Resumo: |
Essa pesquisa tem como objetivo apresentar uma reflexão e alguns pontos teóricos formulados acerca do processo de formação e transformação da Mobilidade do Trabalho (Jean Paul de Gaudemar, 1977) na região da Serra da Canastra, sudoeste do estado de Minas Gerais. Nesse sentido busca refletir acerca dos diversos momentos e padrões que compõem a territorialização das categorias do capital, em especial a que constitui a força de trabalho enquanto forma mercadoria, e, para isso, traça um percurso histórico e lógico iniciando com o período tratado como territorialização colonial e prossegue a análise pelas transformações nas formas de mobilização do trabalho percorrendo o contexto do trabalho cativo e perpassando pela transição e generalização da mão de obra livre. Para tal, a pesquisa se debruça acerca dos arranjos e das formas exercidas para se mobilizar o trabalho dos canastras na fazenda pecuarista - atividade econômica presente desde o momento colonial da região que será transmutada, através de um processo interno de diferenciação de área, para uma região garimpeira produtora de diamantes, quando da descoberta do minério em 1930 no município de São Roque de Minas e da respectiva reorganização sócio econômica decorrida. A região enquanto escala de análise é interpretada como um momento da territorialização do capital e do Estado nacional que se constituía, sendo a reprodução regional ela própria expressão real e objetiva do processo de constituição e aparente autonomização das categorias do capital e organizada a partir de formas concretas de transformação de contextos territoriais. Esses padrões de territorialidade, por sua vez, colocam o processo de formação (e transformação) do trabalho como prática estruturante da modernização e as diversas relações regionais de mobilização do trabalho imprimiram tanto uma dimensão espacial no território brasileiro em ordenamento - representada pelo deslocamento físico exercido pelos trabalhadores - quanto revelaram as particularidades conformadoras da área em estudo em relação ao processo maior imbrincado na constituição da sociedade capitalista produtora de mercadorias. |