Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Sousa, Thiago Lins Fagundes de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5131/tde-25092024-150324/
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Resumo: |
Introdução: O impacto da COVID-19 vai além de sua forma aguda, podendo levar à persistência de sintomas e o surgimento de distúrbios sistêmicos, o que caracteriza no que se atualmente define como pós-covid ou covid prolongado. Objetivo: Avaliar o impacto do trabalho miocárdico de forma não invasiva na capacidade aeróbica de pacientes recuperados da COVID-19 após a internação hospitalar em terapia intensiva. Métodos: Realizamos estudo transversal que incluiu pacientes maiores de 18 anos que se recuperaram da forma grave da COVID-19. Pacientes e controles foram avaliados por meio de ecocardiograma trans torácico, utilizando uma ferramenta mais sensível, o trabalho miocárdico, em combinação com o teste cardiopulmonar de exercício após mais de 60 dias da alta hospitalar. Resultados: Um total de 52 pacientes e 31 controles foram incluídos. A maioria dos participantes eram do sexo masculino e com mediana de idade de 47 anos. Com relação a gravidade clínica, a maioria dos pacientes tiveram acometimento tomográfico maior que 50% e necessitaram de ventilação mecânica invasiva (60%). Foram observadas diferenças significativas na fração de ejeção (FEVE; 62±7 vs. 66±6%; p=0,007), strain longitudinal global (LVGLS; -18,7±2,6 vs. -20,4±1,4%; p=0,001), trabalho miocárdico desperdiçado (GWW; 152±81 vs. 101±54 mmHg; p=0,003) e eficiência de trabalho miocárdico (GWE; 93±3 vs. 95±2%; p=0,002). Encontramos diferença significativa no VO2 pico (24,4±5,4 vs. 33,4±8,8 mL/kg/min; p<0,001), frequência cardíaca (160±14 vs. 176±11 bpm; p<0,001), ventilação (84,6±11 bpm; p<0,001). 22,6 vs. 104,9±27,0 L/min; p<0,001), OUES% (89±16 vs. 102±22%; p=0,002), T ½ (120,3±32 vs. 97,6±27 s; p=0,002) e HRr aos 2 min (-36±11 vs. -43±13 bpm; p=0,010). Conclusão: Nossos achados revelaram aumento do GWW com menor GWE, capacidade aeróbica significativamente reduzida e FC anormal durante a recuperação, o que pode estar relacionado aos sintomas tardios descritos anteriormente. A redução na capacidade de exercício foi associada a uma diminuição no GWE em repouso. Mais investigações são necessárias para determinar se irá persistir em longo prazo e o seu impacto na saúde e na qualidade de vida dos sobreviventes da COVID-19 |