Consumo de oxigênio de amputados traumáticos transtibiais no repouso e exercício

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Garcia, Marília Mendes do Nascimento lattes
Orientador(a): Lima, Jorge Roberto Perrout de lattes
Banca de defesa: Monteiro, Walace David lattes, Silva, Lilian Pinto da lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Educação Física
Departamento: Faculdade de Educação Física
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/1474
Resumo: Introdução: A marcha de amputados de membros inferiores (MMII) envolve maior consumo de oxigênio (VO2), justificado por meio das alterações biomecânicas. Apesar dos estudos não associarem as variáveis cardiovasculares e a capacidade física com o maior VO2 durante a marcha de amputados de MMII, esses indivíduos possuem alterações autonômicas e cardiovasculares em repouso e diminuição da capacidade aeróbia. Objetivo: Testar a hipótese que os amputados transtibiais traumáticos apresentam maior VO2 em repouso, que, associado às alterações cardiovasculares, interferem no VO2 durante a marcha e exercício aeróbio envolvendo os membros superiores. Métodos: Foram avaliados 22 indivíduos adultos, do sexo masculino, 11 com amputações transtibiais unilaterais traumáticas, comparados a 11 indivíduos sem amputações. Os voluntários foram avaliados em relação à frequência cardíaca (FC), pressão arterial (PA) e VO2, este por meio do analisador de gases K4 b² Cosmed. Todos os indivíduos foram avaliados em repouso, na postura supina e ortostática, em um protocolo de marcha na esteira rolante e em um protocolo contínuo no cicloergômetro de membros superiores (MMSS). Para comparação entre os grupos, foi utilizado o teste t de Student e o de Mann Whitney, este para o VO2 e, para correlacionar as variáveis, a Correlação de Spearman (p<0,05). Resultados: Na postura supina e ortostática, os amputados apresentaram maiores valores de PA, FC e VO2. O VO2 obtido na postura ortostática dos amputados foi correlacionado de forma positiva com a FC obtida nessa postura e com o VO2 em supino. Durante a marcha, os amputados apresentaram maior FC, PA, VO2 e este correlacionou-se positivamente com o VO2 na postura supina e com a FC durante a marcha. Durante o protocolo contínuo de MMSS, os amputados apresentaram maior VO2 e PAS. Conclusão: Os amputados transtibiais traumáticos apresentaram alterações cardiovasculares e metabólicas em repouso, que interferiram no VO2 durante a marcha e postura ortostática. Confirmando a presença de alterações não mecânicas, relacionadas ao VO2, os amputados transtibiais também apresentaram maior VO2 e FC durante a atividade aeróbia que não envolveu os MMII.