Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Melo, Rubens Boschetto |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25144/tde-07082024-113446/
|
Resumo: |
Introdução: Nas últimas décadas o Brasil vem passando por uma transição demográfica, com aumento da expectativa de vida e envelhecimento da população, assim como observado em muitos países. Estima-se que nos próximos trinta anos a população idosa irá representar cerca de 30% da população brasileira. E a fragilidade sendo conceituada como uma síndrome clínica, que pode ser identificada por vários fatores e cada uma dessas manifestações clínicas é preditora de uma série de reações adversas que pode influenciar em vários aspectos da vida do idoso. De forma mais ampla, os sistemas mais afetados com a Síndrome da fragilidade são os responsáveis por funções neuromusculares, endócrinas, imunológicas e cognitivas. Todos esses fatores levam a perda de mobilidade, maior propensão a condições inflamatórias e consequente maior dependência desse indivíduo, além da diminuição da tolerância à realização de exercícios físicos, o que poderia retardar todo o processo de perda de massa muscular, aparecimento de condições como a sarcopenia (início da perda de massa óssea), esse baixo funcionamento dos sistemas citados pode resultar em aumento no risco de quedas, fraturas, hospitalização ou institucionalização e até a morte. Neste contexto, o aumento da população idosa está gerando preocupação sobre as condições de saúde em que essas pessoas envelhecem. Objetivo: Investigar a associação entre fragilidade e perda dentária em idosos domiciliados. Metodologia: Esta pesquisa foi aprovada e obedeceu às normas brasileiras e internacionais para pesquisa em seres humanos (Plataforma Brasil CAAE 37043414.2.0000.5417). Este estudo epidemiológico de corte transversal foi realizado numa cidade de médio porte populacional do estado de São Paulo, Brasil. Participaram desse estudo 333 idosos entre 65 e 74 anos, que responderam o instrumento de avaliação de fragilidade Edmonton Frail Scale. Também foram coletados dados socioeconômicos, de saúde bucal e de uso e necessidade de prótese. Foi realizada regressão logística para avaliar a associação entre fragilidade e perda dentária. A fragilidade foi observada em 80,5% dos idosos edêntulos (p<0,001). A regressão logística ajustada apresentou o edentulismo como preditor de fragilidade moderada a grave (OR=3,45; 1,45: 8,25; p=0,005), idade (2,19; 1,07: 4,46; p=0,031), sexo (OR=2,75; 1,23: 6,14; p=0,014), necessidade de prótese inferior (OR=3,19; 1,27: 8,05; p=0,014), dor de dente (OR=2,74; 1,15: 6,51; p=0,023). Conclusões. Acredita- se que o número de indivíduos classificados como frágeis aumente com o envelhecimento da população mundial, isso causa uma maior atenção a necessidade de cuidados, e principalmente ao acesso à saúde pela população devido ao maior risco de mortalidade, A fragilidade foi associada à perda dentária, à necessidade de prótese dentária inferior, à idade, ao sexo feminino e à percepção da dor de dente. O exame da condição bucal deve ser inserido nas avaliações de fragilidade, pois indicadores de saúde bucal são preditores dessa síndrome. |