Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Alencar, Marília Lage |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5147/tde-20022009-132823/
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: A Doença Celíaca pode ser definida como uma intolerância permanente ao glúten e proteínas relacionadas, em indivíduos geneticamente susceptíveis, com lesão não específica, porém característica da mucosa do intestino delgado e que apresenta melhora clínica e histológica com a dieta específica. A recente disponibilidade de testes sorológicos que demonstram alta sensibilidade e especificidade permitiu perceber que a Doença Celíaca evidencia-se mais prevalente do que antes imaginado. A utilização do anticorpo antiendomísio IgA (AAE) e do anticorpo anti-transglutaminase tecidual IgA(tTG) viabilizou a realização de estudos de prevalência em doadores de sangue. O objetivo geral dessa pesquisa visa estimar a prevalência da Doença Celíaca em adultos na cidade de São Paulo, através da investigação de marcadores sorológicos em doadores voluntários em banco de sangue. São Paulo representa uma das maiores metrópoles do mundo e a maior cidade do Brasil, sendo um centro urbano com grande variabilidade étnica e um importante pólo de migração interna, aumentando ainda mais a miscigenação da sua população, o que constitui uma fonte de estudo importante para a previsão de prevalência da doença celíaca em nosso país. O objetivo específico propõe correlacionar essa prevalência com a raça/cor dos doadores de sangue, visto que mantidos os fatores genéticos e ambientais, a prevalência da doença celíaca parece ser a mesma, independentemente da região de residência. METODOLOGIA: Aplicação de questionário demográfico, investigação de sintomas e inquérito sobre ancestralidade, aplicados aos doadores, em um total de 4000 voluntários. Foi realizado em toda a amostra o teste sorológico antitransglutaminase IgA, bem como o teste sorológico com anticorpos IgA antiendomísio. Como o padrão ouro na análise da Doença Celíaca ainda é a biópsia do intestino delgado, o diagnóstico foi confirmado com a realização de endoscopia digestiva alta, com biópsia de duodeno e avaliação dos fragmentos com base nos critérios de Marsh modificado por Oberhuber. RESULTADOS: A idade média dos doadores foi de 31 anos, com 1817 do gênero feminino e 2183 masculino. Quanto à ancestralidade, 29% referiram ascendência européia. Dos 4000 testes, houve concordância dos exames em 11 casos, além de 10 com tTG positivo mas sem correlação com AAE e 3 casos apresentando AAE positivo isoladamente. No exame histopatológico, houve confirmação diagnóstica com achados de atrofia de vilos em 14 casos. CONCLUSÃO: Na cidade de São Paulo a prevalência da Doença Celíaca em doadores de sangue comprovada por biópsia é de no mínimo 1:286, semelhante aos de países europeus e Estados Unidos |