Prevalência de doença celíaca em crianças pertencentes a grupos de risco com baixa estatura ou com diabetes mellitus

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Zanini, Carlos Alberto lattes
Orientador(a): Chebli, Júlio Maria Fonseca lattes
Banca de defesa: Andrade, Elizabeth Campos lattes, Barbosa, Kátia Valéria Bastos Dias lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Saúde Brasileira
Departamento: Faculdade de Medicina
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/6964
Resumo: A prevalência da doença celíaca (DC) vem aumentando globalmente nas últimas décadas. Indivíduos pertencentes aos chamados grupos de risco, como diabéticos tipo 1 e crianças com baixa estatura, possuem uma probabilidade maior de manifestarem esta doença autoimune do trato intestinal, muitas vezes de forma assintomática, mas que pode evoluir com complicações crônicas, como osteoporose e neoplasias intestinais malignas, se não diagnosticados e tratados de forma precoce. Neste estudo, avaliou-se a prevalência da doença celíaca em crianças com diabetes mellitus tipo I (DM1) ou com baixa estatura (BE), em ambulatório especializado de endocrinologia e em clínica privada pediátrica, em Juiz de Fora, MG. Trata-se de um estudo observacional, transversal, realizado entre janeiro de 2012 e abril de 2016. Um total de 225 pacientes, entre 2 e 16 anos de idade, foram convidados a participar: 104 eram saudáveis (grupo controle - GC), enquanto 58 apresentavam DMl e 63 tinham BE. Desse total, 126 (56%) compareceram para dosagem do anticorpo antitransglutaminase tecidual IgA (TTG IgA) e IgA sérica. Neste grupo, 60 (47,6%) eram do GC, 39 tinham BE (30,9%) e 27 DMl (21,4%). Os casos soropositivos foram encaminhados para biópsia intestinal por endoscopia digestiva alta. Dos 126 pacientes, 6 (4,8%) apresentaram anticorpo TTG IgA positivo, dos quais 1 (1,7%) pertencia ao GC e 5 (7,6%) ao grupo com DMl ou BE (analisados em conjunto). Todos os pacientes com TTG IgA positivo tiveram histopatologia compatível com DC. Pacientes com DMl e BE apresentaram um odds ratio (OR) de 7,37 e 3,18, respectivamente, para DC. A prevalência de DC na população pediátrica com BE ou DMl foi 4,5 vezes maior que na população geral. Este achado sugere que o screening para DC deva ser implementado rotineiramente em pacientes pediátricos com DMl ou BE.