Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Fahs, Kamila Kamel |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-30082019-163716/
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Resumo: |
Este trabalho consiste na produção de significações para o significante fronteira. A partir da análise de uma experiência pessoal vivida na fronteira entre o Líbano e Israel, buscamos resgatar a dimensão de contato da fronteira num contexto político e social atual no qual ela aparece confundida com a ideia de limite e resumida ao significado de fechamento. Este contexto é o dos deslocamentos humanos, acompanhado pelo fortalecimento de estratégias de fechamento das fronteiras aos sujeitos em deslocamento. É ele que instiga esta pesquisa e justifica a necessidade de circulação de novos entendimentos sobre a fronteira. A experiência que serve como material de análise funda-se no espanto da escuta de uma voz em hebraico no Líbano vinda de Israel. Essa voz, por uma interferência na rádio, cruzou a fronteira entre territórios vizinhos, mas em conflito. Dividimos a análise da experiência em duas esferas, a voz e o espaço, e elegemos trabalhar com dois afetos, o espanto e o inquietante. A voz é o elemento que fez passagem na fronteira e permitiu uma série de ressignificações que desembocaram na descoberta de uma nova organização espacial. O espanto refere-se àquilo que aparece fora do lugar esperado e produz interrupção do saber. Ele é o paradigma do inquietante, sentimento provocado pelo acesso à estranha familiaridade. Será pela interrupção do saber que o sujeito da experiência produzirá ressignificações que apontarão para a dimensão de contato da fronteira. Com essa demonstração, quiçá possamos contribuir para a circulação de novos entendimentos sobre a fronteira que não recaiam necessariamente no significado de fechamento e promovam uma forma de encontro com a alteridade |