Eficácia e segurança dos tratamentos utilizando exercícios para síndrome das pernas inquietas: revisão sistemática

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Callegari, Marilia Rezende [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=1181539
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/48912
Resumo: Introdução. A atividade física no tratamento da SPI chega a ser intuitiva, pois os pacientes naturalmente buscam a realização de movimentos, principalmente com as pernas, no intuito de reduzir os sintomas. Apesar de não existirem muitos experimentos clínicos que avaliem a eficiência do exercício no tratamento da SPI, os estudos em geral afirmam que uma quantidade moderada de exercícios é indicada para alívio dos sintomas. A associação entre a atividade física e os sintomas, bem como critérios de indicação e a forma de se administrar exercícios no tratamento da SPI, ainda não estão estabelecidos, isoladamente ou combinados ao tratamento farmacológico. A finalidade deste estudo foi verificar, através de uma revisão sistemárica, se há evidências científicas que permitam a recomendação da atividade física como tratamento não farmacológico para a SPI, e secundariamente sua segurança e efeitos adversos. MÉTODO. Realizou-se uma revisão sistemática da literatura de ensaios clínicos randomizados ou quasi-randomizados sobre a utilização de exercícios físicos no tratamento da SPI. Consideraram-se estudos com pacientes portadores de SPI independente de causa primária ou secundária do distúrbio, diagnosticados através dos Critérios Clínicos Diagnósticos do Grupo de Estudo Internacional da Síndrome das Pernas Inquietas. Foi utilizada a metanálise como método estatístico para integrar os resultados dos estudos selecionados. Resultados. Apenas três estudos preencheram corretamente os critérios de inclusão e foram analisados. Em dois artigos, Aukerman et al. e Sakkas et al., o desfecho principal avaliado foi a melhora na gravidade dos sintomas da SPI através da escala do IRLSSG, permitindo a realização de metanálise. A síntese dos dados demonstrou haver uma redução significante no índice de gravidade da SPI. No entanto, mesmo reunindo pacientes de dois estudos, ainda não se obteve número suficiente de participantes para podermos afirmar com segurança que o efeito da atividade física é benéfico no tratamento da SPI. Conclusão. Com base nos resultados obtidos nesta revisão sistemática, não é possível se indicar os exercícios físicos de maneira segura, para o tratamento da SPI. Os estudos primários encontrados apresentam moderado a alto risco de viés, principalmente pelo pequeno número de participantes, problemas com a randomização e cegamento dos pacientes. A decisão de se recomendar a prática de exercício físico a um paciente com SPI deverá ficar a cargo do médico responsável pelo cuidado e também do paciente e suas variáveis clínicas e psicológicas.