O corpo ausente: configurações literárias em Encarnação e A carne

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Hernandes, Gabriel Queiroz Guimarães
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8151/tde-28092021-211740/
Resumo: A tese tem como proposta estudar representações do corpo na literatura do final do período monárquico, a partir de dois romances: Encarnação (1877 - 1893), de José de Alencar, e A carne (1888), de Júlio Ribeiro. Tem-se por hipótese que, na figuração das personagens, os escritores incorporariam e dialogariam com noções discursivas externas aos dois textos do corpus ao elaborar seus entes ficcionais. A partir de descrições, de diálogos significativos, de ações presentes no enredo e de reflexões realizadas pelos narradores, o presente estudo relaciona, por meio de uma leitura próxima ao texto e atenta às escolhas lexicais e formais, os conceitos corpo e alma para compreender como esses discursos extraliterários, oriundos de diversas esferas, como a medicina, a religião, a filosofia, a biologia, dentre outros, possuíram ressonâncias nas escolhas estéticas das duas narrativas e configurariam o sentido interno para os termos mediante seu imbricamento na composição geral das obras. Com base nesse método de leitura, busca-se analisar, interpretar e restituir os enunciados à cadeia discursiva própria de seu tempo, assim como compreender alguns contrastes e algumas similaridades discursivos e históricos entre as tendências do Naturalismo e do Romantismo.