Determinantes da qualidade de vida no trabalho dos funcionários não docentes da Universidade de São Paulo (USP): o papel da nutrição e da qualidade de vida em geral

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Nespeca, Milena
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/89/89131/tde-15122009-142609/
Resumo: A Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) tem sido objeto de preocupação entre profissionais de diferentes áreas e muitas vezes é avaliada como sendo o bem-estar do trabalhador durante a execução de sua tarefa. A satisfação no trabalho tem se tornado um conceito chave dentro das pesquisas de QVT. Alguns estudos têm apontado a importância da mensuração da satisfação profissional e sugerido a associação da satisfação no trabalho com melhor Qualidade de Vida (QV) e menor índice de estresse relacionado ao trabalho e com a produtividade. No setor público fala-se pouco em Gestão da QVT, porém percebe-se que o tema vem ganhando espaço nesse setor. As pesquisas relativas ao bem-estar dos trabalhadores encaminham-se no sentido de identificar se as categorias organizacionais interferem positiva ou negativamente sobre esses. Neste estudo, considerou-se a QVT sob a perspectiva de avaliação do funcionário de dois aspectos do ambiente de trabalho: a sua ocupação específica e as ações que a Universidade desenvolve que podem influenciar o bem estar no trabalho. O objetivo geral foi estudar os determinantes da QVT dos funcionários não docentes da Universidade de São Paulo (USP). A amostra estudada era relativamente jovem, com o predomínio de mulheres, elevada escolaridade, e alta incidência de sobrepeso e obesidade, bem acima da média nacional que é de 40% de excesso de peso. Em relação a qualidade da alimentação dos funcionários a maioria (83%) necessita ser melhorada, há um baixo consumo de alimentos fonte de fibras como as frutas e as verduras e um alto consumo de carnes em geral e ovos, o que ultrapassou os limites de recomendação de proteínas e gorduras saturadas. De maneira geral, esses funcionários apresentaram-se satisfeitos com a sua QVT, fosse ela medida em relação a sua ocupação, fosse ela medida em relação às ações da USP para o seu bem-estar, fosse ainda, em relação à agregação dessas duas perspectivas. As hipóteses iniciais do estudo referiam-se ao impacto do estado nutricional sobre a QVT, mais especificamente, o efeito negativo do sobrepeso sobre a QVT; e ao impacto da QV em geral sobre a QVT. A primeira hipótese se confirmou, não importando a forma de mensurar a QVT, ao passo que a QV mostrou-se ter um papel importante apenas em relação à QVT medida em relação à ocupação específica, ao passo que a escolaridade mostrou-se importante para uma avaliação mais crítica sobre as ações da organização. Poderíamos então concluir que cuidar do estado nutricional dos seus funcionários é uma ação fundamental para melhorar não apenas o bem-estar do funcionário, mas também o nível de produtividade dentro da empresa, ao passo que funcionários com maior nível de escolaridade terão sempre um olhar mais crítico acerca das ações de QVT da organização, mesmo sendo ela do setor público.