Análise eletrofisiológica em doentes com esclerose lateral amiotrófica que receberam duas infusões de células-tronco mesenquimais no líquor

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Mello, Alberto Andrade de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5138/tde-19042024-164334/
Resumo: Ensaio clínico fase 1/2 analisou a evolução de parâmetros eletrofisiológicos em 28 sujeitos com esclerose lateral amiotrófica (ELA) em períodos definidos antes e após duas infusões intratecais de células-tronco mesenquimais (CTM). Os objetivos incluíram a análise da pertinência metodológica dos registros eletrofisiológicos no acompanhamento da evolução da doença e de possíveis efeitos da terapia celular. O índice número de unidades motoras (MUNIX) foi correlacionado com os dados da escala revisada da graduação funcional da ELA (ALSFRS-R) e da dinamometria manual (DM). A avaliação comparativa dos registros pré e pós-infusão das CTM utilizou o slope desses dados. Os resultados do estudo foram separados em análise global e individual. A análise global utilizou a média dos slopes e a análise individual usou o valor dos slopes de cada doente. Os dados do período pré-infusão foram comparados com aqueles do período pós-infusão nos momentos 90, 180 e 210 dias após a primeira infusão de CTM em ambas as análises. A análise global dos resultados indicou o início do processo de reinervação no músculo tibial anterior apenas no período pós-infusão por meio dos registros obtidos do índice do tamanho de unidades motoras (MUSIX), p 0,05. A análise individual identificou doentes responsivos e não responsivos, sendo que três deles apresentaram resposta estatística, p 0,05, em pelo menos dois parâmetros eletrofisiológicos do mesmo músculo e em dois ou mais momentos consecutivos. Os estudos das correlações de Pearson realizados entre a média do valor do MUNIX e a média do valor da ALSFRS-R e da DM apresentaram correlação linear positiva e estatisticamente significativa no conjunto das 10 visitas, p < 0,05. As correlações entre os registros do MUNIX nos músculos estudados e da ALSFRS-R individualizados por visita não mostram resultados estatisticamente significativos. Por outro lado, as correlações entre os registros do MUNIX e da DM individualizados por visita mostraram ser lineares positivas em todas, exceto em uma visita, e resultados com significância estatística foram identificados. Conclui-se que a metodologia adotada foi adequada ao seguimento dos doentes com ELA. Registros eletrofisiológicos foram capazes de identificar possíveis efeitos das infusões das CTM