Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1998 |
Autor(a) principal: |
Pinto, José Maria |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11143/tde-20210104-181819/
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Resumo: |
O ciclo do carbono na biosfera tem sido significativamente alterado pela atividade do homem nos últimos 150 anos. O CO2 emitido pela atividade humana é da ordem de 8,5 bilhões de toneladas anuais, como conseqüência a concentração de CO2 atmosférico está aumentando. Estudos relacionados aos efeitos do aumento artificial da concentração de CO2 sobre as plantas usados para obtenção de produtos em maior quantidade e melhor qualidade permite-nos conhecer a capacidade das plantas de adaptarem-se a esses ambientes. O melão é uma das importantes culturas do país, ocupando lugar de destaque na olericultura brasileira, sendo produto de exportação. No entanto, fatores relacionados a aplicação de dióxido de carbono via água de irrigação necessita de estudos ecofisiológicos referentes às trocas de CO2 mais detalhados. Deve-se, também, determinar doses a serem usadas e períodos de aplicação mais adequados para os diferentes tipos de cultivos, para alcançar uma relação máxima benefício custo. Pretendeu-se com este estudo determinar o ponto de saturação lumínica e fotossintético para a cultura do melão; quantificar a taxa de assimilação de CO2 e a produtividade e avaliar as características químicas (pH, acidez total e teor de sólidos solúveis, °Brix) dos frutos de melão na colheita e durante o armazenamento. Para tanto, conduziu-se um estudo com a cultura do melão, realizado em três etapas. A primeira etapa, em condições de casa de vegetação, teve como objetivo determinar curvas de respostas da taxa de assimilação de CO2 em função do fluxo de fotons fotossinteticamente ativos e da concentração CO2. A segunda etapa, em condições de campo, e a terceira, em condições de ambiente protegido, com aplicação de CO2 via água de irrigação localizada, visaram determinar os efeitos sobre a produção da cultura do melão, qualidade dos frutos e taxa de assimilação de CO2. As equações ajustadas, na primeira etapa, para taxa de assimilação de CO2 em função da concentração de CO2, para radiação fotossinteticamente ativa em tomo de 850, 550 e 300 µmol.m-2.s-1 foram, respectivamente: Y = -23,3369 + 3,1966X0,5 - 4,6074.10-2X (R2 =0,9810); Y = -15,1131 + 1,9799X0,5 - 2,2008.10-2X (R2 =0,9709) e Y = -10,2147 + 1,3927X0,5 - 1,3939.10-2X (R2 =0,9788), em que Y é a taxa de assimilação de CO2, µmol.m-2.s-1 e X a concentração de CO2, µmolCO2.mol-1. Ajustou-se, também, uma equação para taxa de assimilação de CO2 em função da radiação fotossinteticamente ativa: Y = -4,5221 + 0,8242.Z0,5 - 6,6852.10-3.Z (R2 =0,9535), sendo Z a radiação fotossinteticamente ativa, µmol.m-2.s-1. A aplicação de dióxido de carbono via água de irrigação, em condições de campo, não alterou a qualidade e características químicas do fruto; não provocou diferenças entre os teores de nutrientes nas folhas do meloeiro, exceto para o boro e ocasionou maior eficiência do uso de água. As maiores produtividades obtidas com aplicação de CO2 foram: 38,59 t.ha-1 e 37,08 t.ha-1. Houve aumento de 70% na produtividade comercial com uso de CO2 e proteção lateral. A taxa de assimilação de CO2, em condições de ambiente protegido, foi maior no tratamento com aplicação de CO2. A maior produtividade foi de 28,68 t.ha-1 (aumento de 27,3%), obtido com aplicação de CO2. ' |