Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Sanfelici, Daniel de Mello |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-07012014-093205/
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Resumo: |
No último decênio, as metrópoles brasileiras foram profundamente reconfiguradas pela proliferação de projetos imobiliários de grande porte. O investimento imobiliário, antes fortemente centralizado nas áreas mais valorizadas das metrópoles, irradiou-se também para as periferias e franjas metropolitanas, com importantes repercussões socioespaciais. Esta pesquisa procurou fornecer algumas explicações para esse fenômeno, colocando em foco a crescente penetração das finanças na produção do espaço urbano no Brasil. Desde meados da década de 1990, sucessivos governos, estimulados por organizações privadas ligadas ao setor financeiro, empenharam-se na criação de marcos regulatórios e institucionais favoráveis à circulação do capital financeiro pelo ambiente construído urbano. Esse novo ambiente institucional foi uma peça importante não apenas na ampliação do financiamento habitacional no transcurso da década de 2000, mas também na aproximação do investimento imobiliário com a dinâmica do mercado de capitais. Esta integração entre mercado de capitais e mercado imobiliário ganhou força, primordialmente, com a abertura de capital das principais incorporadoras imobiliárias, ocorrida entre 2005 e 2007, quando grandes fundos de investimento adquiriram participação nessas empresas. Com base em entrevistas, coleta de dados secundários e publicações setoriais, procurou-se, nessa tese, elucidar algumas das implicações desse entrelaçamento das incorporadoras imobiliárias com o mercado de capitais. Observou-se uma profunda mudança nas estratégias empresariais após a emissão de ações e debêntures, o que se explica, em grande medida, pelas exigências de rentabilidade colocadas pelos novos acionistas. A maior parte das empresas adotou políticas agressivas de expansão tanto na escala da metrópole quanto na escala do território, multiplicando seus volumes de lançamentos entre 2005 e 2010. Também ocorreu um aperfeiçoamento das formas de captura de rendas urbanas. Uma análise da atuação dessas incorporadoras no mercado imobiliário de Porto Alegre indicou, além disso, que esse refinamento das estratégias de investimento produziu, de uma parte, uma exacerbação das formas de segregação e fragmentação socioespacial urbana e, de outra, um rearranjo escalar do processo de urbanização. Configura-se, portanto, uma situação em que as metrópoles brasileiras são crescentemente transformadas segundo as determinações e os ritmos ditados pelas finanças, que se beneficiam dos rendimentos produzidos pela reestruturação socioespacial. |