Caminhos que se bifurcam: idéias, atores, estratégias e interesses na política científica e tecnológica do regime militar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Fagundes, Ailton Laurentino Caris
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8131/tde-02022010-162255/
Resumo: Este trabalho aborda a política científica e tecnológica brasileira no período do regime militar (1964-1985). As questões às quais ele se refere dizem respeito às idéias e aos interesses de alguns dos seus atores fundamentais: os militares, a comunidade científica e os técnicos responsáveis pela condução da área econômica dos governos. Esses atores, com interesses e idéias distintas e muitas vezes conflituosas acerca dos rumos do desenvolvimento, embora buscassem objetivos diferentes construíram uma trajetória única com projetos ambiciosos para organizar internamente uma rede de instituições que visassem a produção e a aquisição de ciência e tecnologia de ponta. Antes de econômicas, as decisões acerca das políticas de ciência e tecnologia possuíram uma natureza fundamentalmente política e privilegiaram os interesses dos governos e das elites que os sustentaram. Para o Estado, o desenvolvimento científico e tecnológico nem sempre foi um propósito em si; às vezes foi parte de um intento, às vezes um meio para alcançar determinados objetivos. Como meio, essas políticas podiam ser dispensáveis quando se acreditava que era possível ou desejável se chegar aos mesmos resultados percorrendo caminhos mais curtos e menos tortuosos. Seja como meios ou como fins, só é possível entender as políticas do setor quando se tem um horizonte amplo, capaz de deixar perceber quais são os objetivos finais e como eles são perseguidos; para compreender melhor essas relações, dois aspectos são fundamentais: a) as idéias que conduziram à formação, estruturação, organização e atuação do sistema nacional de ciência e tecnologia e dos rumos do desenvolvimento científico e tecnológico no Brasil e, b) os interesses e objetivos que os principais atores possuíam e como esses são, ou não, levados a cabo dentro da estrutura burocrática, e nas ações dos governos, de acordo com as limitações impostas pelos contextos políticos e econômicos internos e externos.