O uso da oxigenação extracorpórea por membrana e a função renal de pacientes críticos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Coelho, Filipe Utuari de Andrade
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7139/tde-05122024-141943/
Resumo: Introdução: A oxigenação por membrana extracorpórea (ECMO) é um suporte cardiorrespiratório para pacientes com falência pulmonar, cardíaca ou ambas. A sua utilização nas últimas duas décadas se intensificou nas unidades de cuidados críticos, contudo, a alteração da função renal é uma complicação presente e preocupante. As evidências sobre a utilização de ECMO e a lesão renal aguda (LRA) são fundamentais para a tomada de decisão e redução dessa complicação. Objetivo: Avaliar a função renal de pacientes críticos submetidos à ECMO. Métodos: Trata-se de estudo de coorte retrospectivo, realizado em unidades de terapia intensiva de duas instituições de grande porte, localizadas na cidade de São Paulo com amostra constituída de pacientes com idade acima de 18 anos, submetidos à ECMO no período de 2012 a 2021. Foram analisadas variáveis clínico-demográficas, função renal e aspectos do funcionamento da ECMO. A LRA foi definido conforme a Kidney Disease Improving Global Outcomes (KDIGO). Os fatores associados à LRA foram analisados por regressão logística nos modelos univariado e multivariado. Resultados: Foram incluídos 282 pacientes, dos quais 225 (79,1%) desenvolveram LRA. No grupo com LRA houve predominância de sexo masculino; idade de 51 anos; com insuficiência cardíaca (32,9%); hipertensão arterial sistêmica (29,8%) e Diabetes Mellitus (19,6%); SAPS 3 e SOFA superiores e mortalidade de 77,3%. Os fatores associados à LRA foram a sobrecarga hídrica; uso de diurético; marcador NLR após início do suporte; idade aumentada e escores SAPS 3 e VIS no momento de pré-ECMO. Conclusão: Observou-se alta prevalência de LRA, principalmente, do estágio 3 do KDIGO em pacientes em uso de ECMO. Os fatores gerais associados ao desenvolvimento de LRA foram a sobrecarga hídrica, uso de diuréticos, os escores netrophyl Lymphocyte ratio, SAPS 3, vasoactive inotropic score e idade.