Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Santos, Pamela Pereira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/107/107131/tde-02082022-154027/
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Resumo: |
No Brasil, as mulheres sofrem com diversas discriminações no ambiente de trabalho, sendo o assédio sexual uma das mais graves delas. Essa violência causa não apenas quadros de insatisfação com o trabalho, diminuição do comprometimento organizacional, índices maiores de estresse - podendo, até mesmo, levar ao desenvolvimento do transtorno de estresse póstraumático (TEPT) -, mas também a interrupção das carreiras das mulheres que são assediadas, já que muitas acabam pedindo demissão para evitar lidar com a violência e o ambiente tóxico criados por essa conduta. Este trabalho tem, portanto, como objetivo central averiguar a hipótese de que o assédio sexual é uma violência de gênero e, então, avaliar suas consequências, tanto para as vítimas, como para as organizações, e possíveis formas de prevenção e resposta. Os objetivos específicos consistem em analisar qual o conceito de assédio sexual, o que o caracteriza e como a legislação brasileira o conceitua; aferir qual o perfil de vítima dessa conduta nas organizações; averiguar se trata-se de uma forma de violência de gênero; analisar os efeitos do assédio sexual para as mulheres trabalhadoras e para as organizações e, por fim, avaliar como as organizações podem prevenir e responder ao assédio sexual, especialmente por meio de estudos empíricos desenvolvidos no âmbito da psicologia. Para tanto, utilizou-se o método de pesquisa bibliográfica para o levantamento de artigos, dissertações, teses, livros, pesquisas, reportagens, entre outros. Os dados levantados foram analisados à luz do método dedutivo, levando às conclusões de que mulheres que não se adequam ao padrão estabelecido para o gênero sofrem mais com essa violência do que aquelas que se adequam ao padrão feminino de comportamento. Neste sentido, o assédio sexual pode ser entendido como uma conduta derivada da descriminação de gênero. Foi possível concluir, também, que para evitar e combater o assédio sexual, as organizações devem ter: políticas antiassédio contundentes, treinamento e instrução para todos os membros da organização, posicionamento firme dos líderes ao transmitir que o assédio não será tolerado e criação de ambientes menos competitivos e hierarquizados, sendo os programas de compliance uma alternativa à implementação dessas medidas. |