Estabelecimento de um modelo in vitro para o estudo do papel das NADPH-oxidases na hipertensão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Sarafian, Raquel Delgado
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
NOX
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/87/87131/tde-05012021-145546/
Resumo: A hipertensão é um importante fator de risco para várias doenças cardiovasculares, como acidente vascular cerebral, infarto agudo do miocárdio e doença renal crônica. É uma doença complexa, multifatorial, cujos mecanismos celulares não são bem compreendidos. Recentemente, vários estudos se concentraram no papel do estresse oxidativo no desenvolvimento da hipertensão. Evidências crescentes nas últimas décadas indicam uma associação entre espécies reativas de oxigênio (ROS) e hipertensão arterial. As ROS são essenciais para a fisiologia celular, mas em uma situação desequilibrada, uma produção exacerbada de ROS pode danificar os componentes celulares e desencadear processos patológicos. No que se refere à função cardíaca, as NADPH oxidases (NOXs) são particularmente importantes porque estão envolvidas em muitas características da disfunção do coração. No entanto, em humanos, o papel dos NOXs nas patologias cardíacas causadas pela hipertensão e a relação com ROS derivadas de NOX são mal compreendidos. Neste cenário, células-tronco pluripotentes induzidas humanas (hiPSC) podem ser uma ferramenta poderosa para compreender os mecanismos celulares em resposta ao estresse oxidativo na disfunção dos cardiomiócitos induzida pela hipertensão. No presente trabalho, estabelecemos uma coleção de hiPSCs derivadas de indivíduos hipertensos responsivos e resistentes a medicamentos, e normotensos. Mostramos que as hiPSC apresentam diferentes perfis de expressão gênica entre os grupos, indicando que essas células podem manter o fenótipo relacionado à hipertensão in vitro, mesmo após a reprogramação nuclear. Além disto, cardiomiócitos derivados das células apresentaram expressão diferencial das NOXs, se mostrando então um modelo in vitro para o estudo do papel das NOX na hipertensão.