Efeito de drogas utilizadas no tratamento da hipertensão e da asma na infecção e replicação do SARS-CoV-2 em cardiomiócitos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Pinto, Renan Novaes [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/70746
Resumo: A COVID-19 é uma doença viral, atualmente considerada sistêmica, comumente iniciada no sistema respiratório. Além deste, diversos relatos indicam efeitos neurológicos, imunológicos e, principalmente, cardíacos decorrentes da infecção pelo SARS-CoV-2. O cardiomiócito é uma célula considerada potencial alvo do vírus, pois expressa diversas moléculas importantes para o ciclo viral, como a ECA2, além de ser capaz de sustentar a replicação viral. A avaliação epidemiológica da COVID-19 indicou, logo nos primeiros relatos de surto da doença, alguns fatores de risco associados ao desenvolvimento da forma grave da doença. A idade avançada e a presença de comorbidades, como diabetes, obesidade e doenças cardíacas e respiratórias crônicas, foram indicadas como fatores de risco de alerta, com altas taxas de mortalidade por COVID-19. Dessa forma, esta dissertação teve como objetivo avaliar, in vitro, o efeito do uso regular de propranolol e salbutamol, utilizados comumente para o tratamento da hipertensão e asma, respectivamente, durante a infecção por SARS-CoV-2 em cardiomiócitos derivados de células tronco pluripotentes humanas induzidas (hiPSC). Assim, avaliou-se a suscetibilidade viral dos cardiomiócitos, a citotoxicidade das drogas de interesse utilizadas, a replicação viral e os efeitos sobre a integridade e função celular e a produção de citocinas durante a infecção e tratamento. Em seguida, comparou-se a expressão de citocinas entre cardiomiócitos hiPSC, obtidos e infectados in vitro, com a de cardiomiócitos obtidos de camundongos transgênicos (expressando ECA2 humana) e infectados in vivo com SARS-CoV-2. Por fim, observou-se um potencial cardioprotetor do propranolol durante a infecção pelo SARS-CoV-2 por meio da diminuição da expressão de receptores virais e o aumento na expressão de citocinas antivirais nos cardiomiócitos. O salbutamol, por sua vez, apresentou efeito potencialmente contrário, com aumento da carga viral no sobrenadante celular e diminuição de citocinas de antivirais.