NADPH Oxidase Nox1 do hospedeiro contribui para a manutenção do microambiente redox e crescimento do melanoma.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Morais, Priscila Ferreira de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42136/tde-30092020-153153/
Resumo: Alterações no estado redox celular fazem parte de mecanismos que a célula utiliza para integrar informações e coordenar complexas vias de sinalização envolvidas na progressão tumoral. Vários estudos mostraram que espécies reativas de oxigênio geradas pela NADPH oxidase são essenciais para a proliferação e sobrevivência do melanoma. A expressão de Nox1 em células de melanoma promove o crescimento deste tumor. No entanto, o papel de Nox1 do hospedeiro no crescimento do melanoma ainda precisa ser melhor caracterizado. Diante disto, nosso trabalho teve por objetivo compreender o papel da Nox1 do hospedeiro no microambiente redox do melanoma. Para isto, utilizamos modelos, in vivo, de camundongos fêmeas C57Bl/6, com dez semanas de idade, do tipo selvagem (WT) e deficientes de Nox1 (Nox1-/-) nas quais foram inoculadas subcutaneamente células de melanoma murino B16F10. Após 15 dias da inoculação, os tumores foram removidos, medidos e pesados. A média do volume tumoral (n=12; média ± erro padrão) foi de 0,9619 ± 0,2241 cm3 para os animais do grupo WT e 0,4181 ± 0,1303 para o grupo Nox1-/- (P < 0.05). As vias de crescimento dependentes de Nox1 foram analisadas no tumor. Entretanto não foram observadas alterações na ativação das vias de sinalização do EGFR e MAPK (ERK 1/2, p-38 MAPK e JNK), AKT, STAT3 e também nos marcadores de apoptoses (relação BCL2/BAX). A deficiência de Nox1 no hospedeiro levou a uma redução na produção de ROS que alterou o microambiente redox tumoral. Como resultado, verificamos, através do qPCR, níveis mais baixos de Nox1 e Nox4 nos melanoma de camundongos Nox1-/-. A deficiência de Nox1 do hospedeiro também afetou a proliferação celular do melanoma e reduziu a angiogênese tumoral, verificados por um aumento de p21, p27 e diminuição de ciclina E, indicando uma parada do ciclo celular em G1 e pela diminuição dos níveis de mRNA de VEFGA (p <0,05), respectivamente. Em conjunto, estas alterações causaram uma parada no crescimento do tumor. Considerando estudos que apontaram o envolvimento de Nox1 na diferenciação de células imunes e consequentemente crescimento tumoral, analisamos as populações de células do infiltrado. No entanto, a análise de FACS, não mostrou que a deficiência de Nox1 no hospedeiro afeta as populações de macrófagos ou linfócitos. A partir de todos os resultados encontrados neste estudo, podemos concluir que Nox1 do hospedeiro é uma fonte importante de ROS para o microambiente tumoral. De fato, o crescimento do melanoma em um microambiente com deficiência de Nox1 foi menor. Portanto, propomos uma nova perspectiva para o tratamento do melanoma através do controle redox desta doença usando inibidores de Nox1.