Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Santos, Frederico Rios Cury dos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/101/101131/tde-21042021-130332/
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Resumo: |
A guerra cultural é uma batalha entre uma esquerda de tendência progressista e uma direita de tendência conservadora que veicula questões de ordem moral e social, sobre, por exemplo, sexualidade, raça, comportamento, religiosidade etc., mas, igualmente, por via indireta, temas econômicos e políticos. A presente pesquisa tem o objetivo de averiguar a existência dessa guerra cultural no debate francês da instância midiática sobre imigração. Procurou-se analisar artigos de opinião de dois dos maiores jornais cotidianos franceses, em termos de distribuição, tradicionalmente considerados como representantes de polos ideológicos distintos, o Le Figaro, à direita, e o Le Monde, à esquerda. O lapso temporal foi de 2012 a 2017, entre duas eleições presidenciais com resultados essencialmente diferentes: na primeira, houve eleição de um candidato de um partido de esquerda, François Hollande, do Partido Socialista, e, na segunda, Marine Le Pen (candidata de extrema-direita do Rassemblement National, antigo Front National, conhecido por seu discurso anti-imigração) chegou ao segundo turno. Foram selecionados todos os artigos de opinião de cada um dos jornais mencionados, no referido lapso temporal, que contivessem a palavra-chave \"imigração\", o que resultou em um total de 433 artigos analisados. Concluiu-se que o Le Figaro e o Le Monde, quantitativa e qualitativamente, representaram polos opostos na guerra cultural do debate sobre imigração na França. Além do mais, a instância midiática, considerando os dois jornais, refletiu a mesma divisão observada na instância política e cidadã, ao reproduzirem os mesmos aspectos dóxicos e estratégias retóricas que dividem, no país, a direita (parlamentar e extrema) e a esquerda parlamentar sobre o tema em questão. Do ponto de vista da linguagem, foram encontradas várias constantes que podem futuramente ser testadas em outros corpora, contextos e gêneros do discurso no debate sobre imigração. |