Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Uchôa-Fernandes, José Adjailson |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8147/tde-16122019-183947/
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Resumo: |
As chamadas Jornadas de Junho de 2013 representaram um período importante na história recente do Brasil por se tratar do primeiro grande processo de mobilização social com abrangência nacional que contou com protagonismo do webativismo. A presente Tese consiste em um estudo de caso a respeito do webativismo que se deu no contexto desse processo de mobilização social com vistas a analisar, sob a perspectiva dos estudos semântico-discursivos da linguagem (PÊCHEUX, 1983 [2006]; ORLANDI, 1999 [2002]; GUIMARÃES, 2002), os processos de subjetivação nas redes sociais no contexto brasileiro, levando em conta o caráter de multiplicidade social e ideológica que perpassa os sujeitos envolvidos nesse processo, bem como as particularidades da cena enunciativa. Apontamos, no corpus, para pistas sobre o imaginário dos sujeitos que enunciam e como suas concepções sobre participação política em rede se relacionam com formações e práticas discursivas que remetem ao mercado e à racionalidade neoliberal. O corpus analisado consiste de seis páginas coletadas no Facebook e de postagens no Twitter circunscritas às hashtags #VEMPRARUA e #CHANGEBRAZIL, que estiveram em evidência naquele momento histórico. O processo analítico nos permite tomar esse caso particular de webativismo enquanto um acontecimento discursivo (PÊCHEUX, 1983 [2006]) na medida em que essa cena enunciativa afeta os modos de dizer e a constituição das identidades dos sujeitos-webativistas. Ao se inscrever no interdiscurso das/sobre as mobilizações sociais brasileiras, as Jornadas de Junho passaram a constituir o ponto de ancoragem de debates políticos e sociais que lhes sucederam, implicando desdobramentos que afetam os modos de dizer e práticas discursivas de mobilizações políticas subsequentes. |