A Geografia que se ensina nos anos 1980: uma programática do movimento de Renovação da Geografia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: França Filho, Astrogildo Luiz de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-01082019-160317/
Resumo: O objetivo deste trabalho é apresentar o debate sobre o ensino de Geografia durante os anos 80 no Brasil, usando a noção de programa do filósofo francês Alain Badiou. Com isso, pretendemos identificar os pontos de discussão do ensino, entendendo-os como imperativos da pauta política concreta que a Educação experimentava durante aquela década. Nossa intenção com isso é apresentar uma outra narrativa do ensino da Geografia, além da que aparece na maioria dos trabalhos acadêmicos, durante o movimento de Renovação Crítica, em que este tema apareça como questão prioritária mediante as políticas de Estado como os Estudos Sociais, a questão curricular e o papel da escola na construção da sociedade brasileira. Para isso, foram feitas consultas ao acervo documental da Associação dos Geógrafos Brasileiros (AGB) na busca de fontes primárias. Partimos dos referenciais da história social das ideias, usando os conceitos de ideia pedagógica e ideia educacional, do educador Demerval Saviani, e de ideologia, dos sociólogos marxistas Henri Lefebvre e Michael Lowy. Como resultados, verificamos que a década de 80 pode ser distinguida em dois momentos: de 1980 a 1986, encontramos um grande movimento de debates e articulações com a categoria docente da escola básica via ação institucional da AGB e a militância de área da Geografia. Esse conjunto de discussões ganha acúmulo e maior sistematização teórica na segunda metade da década, ao mesmo tempo que surge como fórum nacional privilegiado dos professores de Geografia, o encontro denominado Fala Professor.