Violão velho, Choro novo: processos composicionais de Zé Barbeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Palopoli, Cibele Odete
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27157/tde-11092018-162324/
Resumo: A presente tese investiga os processos composicionais na obra Zé Barbeiro (José Augusto Roberto da Silva, n. 1952). O autor desenvolveu um estilo de escrita bastante intuitivo e essencialmente orientado pela sua prática enquanto violonista de Choro. Não obstante, observamos que suas obras diferem-se sonoramente daquela dos compositores chorões do final do século XIX e do século XX, quer pela modificação de aspectos harmônicos, melódicos, rítmicos, timbrísticos, métricos e formais, culminando no que tem se chamado por Choro contemporâneo, dentre outras denominações. Assim, num primeiro momento, discutimos acerca destas terminologias, além de analisarmos as múltiplas acepções que a palavra \"Choro\" tem recebido ao longo dos anos, baseando-nos em fontes primárias e no discurso verbal e textual dos próprios chorões. Apoiando-nos na hipótese de que é a organização formal o principal elemento responsável por caracterizar a obra de Zé Barbeiro enquanto Choro, procedemos, na segunda etapa desta pesquisa, por uma investigação acerca dos recursos empregados pelo compositor responsáveis por inovar ao modelo formal tido como padrão. Como conclusão inicial, verificamos que o Choro tem exercido múltiplas funcionalidades, as quais legitimam o seu enquadramento enquanto manifestação cultural. Constatamos também que a profissionalização dos músicos, aliada à desvinculação do Choro com as funções da dança (que outrora exigiam uma construção musical baseada na previsibilidade), são os principais fatores responsáveis por proporcionar as mudanças que o Choro tem sofrido. Finalmente, concluímos que a expansão evidenciada na obra de Zé Barbeiro tem o seu germe na atuação composicional e interpretativa de seus antecessores.