SDA Kinship e a resposta à marginalização LGBT na Igreja Adventista do Sétimo Dia: uma etnografia das masculinidades rejeitadas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Castro Filho, Josué de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6136/tde-07122016-154239/
Resumo: Esta dissertação tem como objetivo explorar uma reação ao sofrimento gerado pela discriminação e exclusão social de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais numa igreja cristã protestante: a Igreja Adventista do Sétimo Dia. É uma pesquisa de caráter exploratório, realizada através da etnografia virtual de uma rede social digital chamada SDA KINSHIP, formada por membros e exmembros da Igreja Adventista do Sétimo Dia que têm alguma relação com a comunidade LGBT. Tem foco na descrição e análise da criação de espaços que permitem a expressão de masculinidades não hegemônicas que não são permitidas no espaço religioso. Esta investigação procurou interpretar o sofrimento social de sujeitos frente às masculinidades não hegemônicas e ações de resistência frente às relações de poder presentes num ambiente institucional que mantém discursos de exclusão e opressão social. Observouse que a criação de um espaço de acolhimento promove a construção de um conceito de masculinidade que extrapola os limites da conduta masculina pregados nos meios tradicionais, e é concretizada por atos de solidariedade e aceitação da variabilidade do que pode ser o homem. A resposta ao sofrimento social observada foi a de resistências sutis, que se demonstram na simples existência, manutenção e permanência deste grupo acompanhando os passos da igreja pelas margens. Alguns laços de identidade em comum foram percebidos entre os grupos, sendo o grupo de estudo reprodutor de alguns discursos ainda que de forma mais aberta a aceitar o diferente. O corpo teve grande importância nas discussões sobre as masculinidades e foi o palco em que as ideologias sobre o gênero e sexualidade se confrontaram.