Efeito do implante autólogo do plasma rico em plaquetas associado ao laser de baixa intensidade na reparação das tendinites em equinos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Schultz, Ana Guiomar Reis
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10136/tde-23092014-151405/
Resumo: A cicatrização do tendão é um complexo processo que envolve uma variedade de moléculas reguladoras. Como exemplos temos os fatores de crescimento positivamente correlacionados com a expressão de genes responsáveis pela síntese da matriz extracelular, bem como os proteoglicanos que atuam como organizadores dos tecidos capazes de modular o crescimento e a maturação celular de tecidos especializados. No intuito de reparar o tendão com lesão existem várias opções de tratamento, mas nenhuma tem sido relatada como plenamente eficaz. Sendo assim, na busca de tratamentos regenerativos e não apenas reparativos, o objetivo deste trabalho foi investigar a influência do plasma rico em plaquetas (PRP) no processo de cicatrização do tendão flexor digital superficial de equinos, utilizando-se deste tratamento isoladamente ou associado ao laser terapêutico. Com essa finalidade, 26 membros torácicos de equinos foram distribuídos aleatoriamente em quatro grupos distintos: o grupo 1 (G1) foi composto por oito membros torácicos sadios provenientes de cadáveres frescos; no grupo 2 (G2) em seis membros foi induzida a tendinite, sem a realização de qualquer tipo de tratamento; no grupo 3 (G3) a tendinite também foi induzida em seis membros, os quais receberam o tratamento com o PRP; e no grupo 4 (G4) a tendinite foi induzida em seis membros torácicos que receberam o tratamento com o PRP associado ao laser terapêutico. Os animais foram avaliados clinicamente e ultrassonograficamente. Já as amostras do tecido tendíneo, obtidas por biópsia guiada por ultrassom, foram avaliadas por imunoistoquímica quanto a presença dos proteoglicanos: decorim, biglicam, fibromodulim e agrecam, Nessas amostras também foi realizada a análise da birrefringência do colágeno. Na avaliação clínica verificou-se que o grupo G4 foi o único que não mais apresentou sensibilidade à palpação no local da lesão ao término do experimento. Já na avaliação ultrassonográfica, os tendões dos membros torácicos dos grupos G3 e G4 que receberam os tratamento com PRP demonstraram melhora na ecogenicidade tanto do tendão como da lesão. Além disso, os tendões do grupo G4 apresentaram melhora no paralelismo das fibras de colágeno. Na avaliação imunoistoquímica os resultados demostraram que o biglicam, o fibromodulim e o agrecam tiveram sua expressão aumentada nas amostras do grupo G4 tratados com a associação PRP e laser quando comparados com as amostras do tendão hígido do grupo G1. Já no grupo G2 observou-se apenas o aumento da expressão de agrecam em relação ao G1. Na análise da birrefringência do colágeno o maior valor de retardo óptico (OR) foi apresentado também nas amostras do grupo tratado com a associação do PRP e laser (G4). Durante o processo de regeneração de um tendão lesado há uma tendência para o aumento dos valores de OR, o que representa uma melhora na organização do colágeno. Provavelmente, o laser foi capaz de produzir um aumento na síntese de colágeno e uma melhor agregação e alinhamento das fibras de colágeno. Assim, concluímos que o tratamento com PRP associado ao laser demonstrou melhora clínica, ultrassonográfica, de birrefringência e na expressão de proteoglicanos da matriz extracelular, o que não ocorreu quando utilizado isoladamente.