Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Ferreira, José Vicente Corrêa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6132/tde-01022007-174148/
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Resumo: |
Introdução: A humanidade passa por uma transformação notável, com profundas implicações para a organização social e para as políticas de Saúde Pública: o envelhecimento da população. Ao contrário dos países desenvolvidos, no Brasil e na maioria dos países em desenvolvimento a população idosa vem aumentando em um cenário de pobreza e despreparo. Nesse quadro, os idosos com idade igual ou superior a 80 anos que, segundo o Censo de 2000, já eram 1.787.607 - representam um segmento da população pouco estudado e que possui demandas e características singulares e notavelmente diferentes das dos idosos mais jovens. Objetivo: Este estudo, parte do projeto SABE, tem como objetivo descrever as características sócio-demográficas e de saúde da população com idade igual ou maior que 80 anos residente no Município de São Paulo e que participou do estudo SABE no ano de 2000. Metodologia: Essa pesquisa é parte do Estudo SABE Saúde, Bem-estar e Envelhecimento -, estudo multicêntrico que busca traçar o perfil dos idosos na América Latina e Caribe. A população de estudo foi composta pelos 2136 idosos residentes, no ano de 2000, na área urbana do município de São Paulo, e os dados coletados por meio de questionário padronizado. Resultados: observou-se uma alta prevalência de doenças crônicas não-transmissíveis nessa população, com destaque para a hipertensão e doenças reumáticas. A dentição, a audição e a visão foram mal avaliadas pelos muito idosos entrevistados, e as quedas, realidade para 40,7% dessa população, foram sérias o suficiente para demandarem atendimento médico em 40,2% dos casos. Apesar da fragilidade funcional, uma alarmante proporção de indivíduos não obtinha tratamento adequado e acesso a medicamentos, mesmo para enfermidades graves, como diabetes, doenças cardíacas e cerebrovasculares. Além disso, esses idosos careciam de adequada assistência de cuidadores, mesmo em atividades básicas, como ir ao banheiro ou locomoção. Esse quadro é agravado pelo fato de 14% dos homens e ¼ das mulheres viverem sozinhos, sendo esse o arranjo domiciliar no qual os níveis de ajuda foram os menores encontrados. Os muito idosos brasileiros encontraram-se marginalizados por órgãos públicos e assistenciais despreparados para atender às necessidades especiais desse segmento. Descritores: envelhecimento, muito idosos |