Cognição, humor, funcionalidade e qualidade de vida de pacientes idosos em hemodiálise crônica
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Fluminense
Niterói |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://app.uff.br/riuff/handle/1/7838 |
Resumo: | Introdução: Nas últimas décadas, houve um aumento expressivo no número de pacientes idosos com doença renal crônica iniciando hemodiálise. Assim, nosso objetivo foi avaliar o perfil de idosos em hemodiálise crônica e comparar a cognição, o humor, a funcionalidade e a qualidade de vida dos idosos jovens com a de muito idosos. Métodos: Esse foi um estudo transversal com idosos em programa de hemodiálise crônica no município de Niterói, RJ, conduzido de julho/2016 a março/2017. Pacientes em hemodiálise havia pelo menos 3 meses, que tinham 65 anos ou mais quando começaram o tratamento dialítico, foram convidados a participar, e estratificados de acordo com a idade (65 a 79 anos ou 80 ou mais anos). Os participantes responderam a um questionário clinicoepidemiológico, outro para rastreio de depressão (escala de depressão geriátrica), foram submetidos a testes cognitivos (mini exame do estado mental [MEEM], teste do relógio [TDR] e teste de fluência verbal [TFV]), a uma avaliação funcional (escaladas de Katz, Lawton e Palliative Performance Scale [PPS]) e a outra de qualidade de vida (36-Item Short Form Health Survey). Resultados: Dos 125 pacientes elegíveis, 124 concordaram em participar. A idade média foi de 76 ± 6 anos (28% ≥ 80 anos), 56% eram homens e 55% tinham ≥ 8 anos de escolaridade. Achados sugestivos de depressão foram encontrados em 38%. A prevalência de déficit cognitivo foi 38%, 70% e 30%, pelo MEEM, TDR e TFV, respectivamente. A prevalência de qualquer déficit foi maior entre os muito idosos (94% vs. 72%, P = 0,007), assim como de dependência funcional grave, tanto pelo Katz, como pelo Lawton ou pelo PPS (33% vs. 7%, 14% vs. 2% e 20% vs. 0%, respectivamente; todos com valor de P < 0,05). Os escores de qualidade de vida foram semelhantes entre os dois grupos etários, exceto pelo domínio da capacidade funcional, pior no grupo com ≥ 80 anos (P = 0,03). Conclusão: Os pacientes idosos em hemodiálise crônica apresentam elevada prevalência de déficit cognitivo e dependência funcional, especialmente os muito idosos, além de depressão, mas estes últimos não possuem pior qualidade de vida em relação aos idosos mais jovens, exceto pelo aspecto da capacidade funcional |