Capacidade funcional, nível de atividade física e condições de saúde de idosos longevos: um estudo epidemiológico
Ano de defesa: | 2008 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Valor nutricional de alimentos e de dietas; Nutrição nas enfermidades agudas e crônicas não transmis Mestrado em Ciência da Nutrição UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/2700 |
Resumo: | O aumento da longevidade e do percentual de idosos com mais de 80 anos observado no Brasil e no mundo parece ser conseqüência de um melhor estado de saúde que se consegue durante certas fases da existência. Entretanto, em muitos casos a senescência se acompanha de doenças crônicas e limitações físicas, com conseqüente tendência de redução nos níveis de atividade física, corroborando com a piora do estado de saúde e da qualidade de vida dessa população. Nesse sentido, este trabalho teve como objetivos avaliar a capacidade funcional e o nível de atividade física em idosos longevos, investigar os fatores socioeconômicos, demográficos, epidemiológicos e nutricionais determinantes da capacidade funcional, além de avaliar a associação entre o nível de atividade física e as condições de saúde dessa população. Foi realizado um estudo transversal, de base populacional, com 129 idosos longevos (80 anos e mais) de ambos os sexos, não institucionalizados e moradores da zona urbana do município de São Geraldo-MG. Os dados foram obtidos por meio de aplicação de questionário e aferição de medidas antropométricas (peso, estatura e circunferência da cintura). Para avaliação da capacidade funcional (CF) foi utilizado um questionário desenvolvido por Andreotti e Okuma (1999), em que os idosos foram classificados como tendo melhor capacidade funcional (muito boa e boa), ou pior capacidade funcional (média, ruim e muito ruim). Para avaliar o nível de atividade física (NAF) foi aplicado o Internacional Physical Activity Questonaire (IPAQ versão curta). Com o objetivo de verificar os fatores determinantes da CF foram elaborados modelos de regressão logística, considerando-se as variáveis hierarquicamente agrupadas. Visando identificar as condições de saúde associadas ao nível de atividade física realizou-se análises de qui-quadrado (de Pearson e de tendência), odds ratio e teste de Mann-Whitney. Foram avaliados 129 idosos, com idade entre 80 e 96 anos, sendo 53% mulheres. As idosas apresentaram pior CF que os idosos, além de menor NAF. Os fatores que se associaram de maneira independente à pior capacidade funcional foram ter 85 anos e mais, ser do gênero feminino, fazer uso contínuo de cinco ou mais medicamentos, não visitar parentes e/ou amigos pelo menos uma vez por semana e considerar a própria saúde pior que a de seus pares. Menores NAF se associaram às seguintes variáveis: idade maior que 85 anos, pior saúde auto-referida e saúde em comparação com seus pares, pior capacidade funcional e ocorrência de quedas nos últimos três meses. Esses resultados sugerem que a capacidade funcional está associada a uma complexa rede de fatores multidimensionais e que o NAF está associado a aspectos de saúde importantes para esse grupo etário. Portanto, torna-se imprescindível que os fatores associados à capacidade funcional e ao NAF, e a atividade física em si sejam alvo de programas que busquem melhorias naqueles aspectos que são passíveis de intervenções, visando propiciar melhores condições de vida a esta faixa da população. |