Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Gaspar, Meliam Viganó |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/71/71131/tde-12122019-155546/
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Resumo: |
Esta pesquisa visa contruibuir para o debate arqueológico sobre as relações entre povos, línguas e cultura material, ao analisar o caso específico dos povos falantes de línguas Karib na Amazônia brasileira e guianense e suas produções cerâmicas. Existem conjuntos artefatuais cerâmicos arqueológicos que são comumente atribuídos aos povos da família linguística Karib (e.g. Tradição Inciso-Ponteado, Série Arauquinóide e Fase Koriabo), no entanto, pouco se sabe sobre a cerâmica produzida por esses povos, atualmente e em um passado recente, ou se suas características se conectam ao longo do tempo de modo que se possa falar em uma tradição tecnológica. Por meio do estudo museológico e bibliográfico da tecnologia de produção cerâmica de povos falantes de línguas Karib, principalmente a partir do século XIX, este trabalho propõe caminhos para pensar como as diferentes etapas das cadeias operatórias de produção e as características visuais das vasilhas cerâmicas podem configurar diferentes estilos tecnológicos de cada povo. Desse modo, a análise de vasilhas cerâmicas em coleções etnográficas em museus (no Brasil, Europa e Guianas) e o uso de dados sobre a produção desses materiais em relatos históricos, linguísticos, etnológicos e etnoarqueológicos são a base para este trabalho. Ao analisar os processos de produção cerâmica em diferentes camadas, é possível discutir como aspectos das trajetórias sócio-históricas desses povos podem ser lidos por meio dos distintos estilos tecnológicos aqui propostos. Ao final, é discutida a possibilidade de que esses estilos se relacionem, de modo que a se conectar em uma tradição tecnológica que possa ser associada a uma identidade etnolinguística Karib. |