Figurações primitivistas: trânsitos do exótico entre museus, cinema e zoológicos humanos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Vieira, Marina Cavalcante
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Ciências Sociais
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17708
Resumo: Os zoológicos humanos eram mostras ou exibições de povos tidos como exóticos, de grande apelo popular durante o século XIX e início do XX. Esta pesquisa analisa o fenômeno dos zoológicos humanos, focando-se em casos de exibições de indígenas Botocudos brasileiros, demonstrando as relações estabelecidas entre estas mostras populares e a fundação de museus etnográficos, sociedades antropológicas e o desenvolvimento do cinema. Esta tese está dividida em duas partes. A primeira discute e define o fenômeno dos zoológicos humanos em geral, analisando, em seguida, casos de exibição de indígenas no Brasil, Inglaterra, Estados Unidos e Alemanha. A Parte II discute as influências dos zoológicos humanos sobre o campo das artes, analisando filmes alemães da República de Weimar que se utilizaram de cenografia e trupes de zoológicos humanos. Em seguida, analisa-se a influência dessas formas de espetáculo sobre o expressionismo alemão, discutindo, por fim, a crítica aos zoológicos humanos na literatura. Utilizando como fio condutor a análise da circulação e trânsito de pessoas, objetos e narrativas entre os campos do cinema, museus e zoológicos humanos, a presente tese constrói um mapa que atravessa campos científicos e do entretenimento popular, buscando compreender as estratégias utilizadas para a construção do exotismo: as figurações primitivistas que marcam o mercado do exótico.