Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Santos, Lissandra Chaves de Sousa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-11072019-105104/
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Resumo: |
As dificuldades do reprocessamento dos endoscópicos gastrointestinais, o risco de contaminação e os casos de infecções representam desafios amplamente conhecidos na comunidade cientifica. Neste sentido, investigou-se o reprocessamento de endoscópios gastrointestinais subsidiado nos níveis de sujidade, contaminação microbiana e presença de biofilme. Trata-se de um experimento laboratorial realizado em três fases por meio da bioluminescência com adenosina trifosfato (ATP) para avaliação do nível de sujidade; polimerase chain reaction (PCR) para carga bacteriana e cultura microbiana para determinação do nível de contaminação. Ainda, avaliou-se as superfícies internas de canais de endoscópios por microscopia eletrônica de varredura (MEV) quanto à presença de biofilme. A análise estatística dos dados foi subsidiada em medidas de tendência central, testes de Man-Whitney, Wilcoxon e Spearman, p<0,05, por meio do software IBM SPSS Statistics versão 23.0. A avaliação de 99 endoscópios antes e após limpeza manual demonstrou a eficácia do processo na redução de sujidade (p<0,001) e contaminação microbiana (p=0,03), inclusive com baixo percentual da amostra com micro-organismos viáveis. Dos 75 endoscópios avaliados após o reprocessamento evidenciou-se uma redução do nível de sujidade (todos com <50URL, interna e externamente); entretanto a presença de carga bacteriana foi de 3log de bactéria/mL e 10,6% de positividade das culturas. Os micro-organismos isolados dos lavados de endoscópios após o reprocessamento foram Staphylococcus aureus, Staphylococcus epidermidis, Staphylococcus hominis, Staphylococcus capitis, Roseomonas gilardii e Micrococcus luteus. Na avaliação dos canais de biópsia de endoscópios provenientes do Brasil observou-se maior contaminação do que os da Austrália (p<0,001). Todos os canais apresentaram biofilme e danos em suas superfícies, entretanto as amostras brasileiras apresentaram particularidades, como, presença de hemácias, neutrófilos e fungos. Assim, observou-se que apesar da baixa carga microbiana nos endoscópios há o risco potencial de infecção cruzada associado ao biofilme, ameaçando a qualidade e segurança do reprocessamento. Adiciona-se a necessidade de avanços tecnológicos e científicos contra o biofilme na prática do reprocessamento de endoscópios |