Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Ribeiro, Maíra Marques |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7139/tde-15052017-145446/
|
Resumo: |
Introdução: Biofilme consiste em um conjunto de microrganismos embutidos em uma matriz extracelular. O biofilme tradicional (TBF) se desenvolve em locais com contínua hidratação, e o biofilme buildup (BBF), em produtos para a saúde expostos a repetidos ciclos de sujidade, limpeza, desinfecção e secagem. Objetivo: avaliar o impacto do uso de detergente e fricção para remover biofilme buildup-5 (BBF-5) e biofilme tradicional-5 (TBF-5) de canais endoscópicos gastrointestinais flexíveis, bem como o impacto do glutaraldeído após a limpeza. Métodos: O BBF-5 foi desenvolvido após a exposição da superfície interna dos canais de endoscópicos gastrointestinais ao Artificial Test Soil (ATS) contendo 108UFC/ml de Pseudomonas aeruginosa (PA) e Enterococcus faecalis (EF), limpeza, desinfecção de alto nível (DAN), enxágue e secagem durante cinco dias. O mesmo processo foi utilizado para desenvolver o TBF-5, porém a fase de DAN foi omitida. Limpeza com detergentes com enzimas de pH neutro e detergentes sem enzimas com pH alcalino, escova com cerdas e dispositivo de limpeza pull thru foram comparados à limpeza com água e sem fricção para remover o BBF-5 e o TBF-5. Testes de proteína e carboidrato, contagem de bactérias viáveis e adenosina trifosfato (ATP) foram realizados. Teste de Kruskal-Wallis e análise de post hoc Dunn-Bonferroni foram realizados. Resultados: Não houve diferença estatisticamente significante (p>0,05) entre a quantidade de EF e PA nos canais com TBF-5 e BBF-5. Não houve diferença da eficácia para a remoção de PA em TBF-5 entre o detergente enzimático e a água, em ambas as situações, a limpeza apenas não foi eficaz (p>0,05) na ausência de fricção (flush). Por outro lado, o detergente alcalino, associado a todos os procedimentos de limpeza (ausência e presença de fricção) e DAN, foi eficaz para remoção de PA. Para a remoção de EF em TBF-5, a eficácia da limpeza foi alcançada em todas situações avaliadas (com e sem fricção) com o uso do detergente enzimático; com a água, na presença de fricção (pull thru e escovas de cerdas); e com detergente alcalino, apenas com o método de limpeza com escovas de cerdas (p<0,05). Para a remoção de bactérias em BBF-5, formados em canais de PTFE, não houve diferença da eficácia para a remoção de PA entre o detergente enzimático e o alcalino, em ambas situações, todos os procedimentos avaliados foram eficazes (p<0,05), enquanto que a água foi ineficaz para remoção de PA apenas na ausência de fricção (p>0,05). Para a remoção de EF em BBF-5, o detergente enzimático e a água foram eficazes em todas situações avaliadas; o detergente alcalino, foi eficaz na presença de fricção com o dispositivo pull thru e escovas de cerdas (p<0,05). Testes de ATP, proteína e carboidrato foram incapazes de detectar biofilme. Conclusão: Água potável de torneira, detergente com enzimas e detergente alcalino sem enzimas foram eficazes para a completa remoção de BBF-5 e TBF-5 na presença de fricção (pull thru ou escova com cerdas) durante a limpeza. Na ausência de fricção, detergente enzimático apresentou maior habilidade para remover E. faecalis de TBF-5 e BBF-5, detergente alcalino para remover P. aeruginosa e a água não foi eficaz para a remoção de ambos microrganismos. Glutaraldeído destruiu bactérias remanescente após a maioria das combinações de limpeza avaliadas. |