Alterações iniciais na dinâmica de regeneração de um fragmento florestal degradado após manejo de trepadeiras superabundantes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Girão, Vanessa Jó
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/91/91131/tde-16042015-105326/
Resumo: Trepadeiras heliófitas superabundantes podem restringir o avanço da sucessão ecológica em fragmentos florestais degradados pelo fogo e, consequentemente, manter a floresta em condições de reduzida sustentação de biodiversidade e provimento de serviços ambientais. Assim, este trabalho tem como objetivo verificar se o manejo de trepadeiras heliófitas superabundantes possibilitaria favorecer o incremento e crescimento da regeneração natural de arbóreas e arbustivas no fragmento florestal degradado, justificando a ação de manejo como estratégia de restauração. A pesquisa foi realizada em um fragmento de Floresta Estacional Semidecidual de 14 ha, em Piracicaba-SP. Alocamos nesse fragmento 25 parcelas permanentes e, em parte dessas parcelas, manejamos as trepadeiras superabundantes no dossel e, em menor proporção, as trepadeiras na regeneração. Destas parcelas, além da coleta de dados buscamos entender o efeito do manejo nas diferentes etapas da regeneração: banco de sementes, estabelecimento de plântulas, crescimento e sobrevivência dos regenerantes. Para análise, em cada parcela avaliamos inicialmente e,1 ano após as intervenções de manejo, a composição, densidade e comprimento de espécies arbustivas e arbóreas em duas classes de tamanho (DAP > 1,58 cm; comprimento >= 10 cm e DAP <= 1,58 cm), e densidade, comprimento e área basal para as trepadeiras regenerantes. Avaliamos então a distribuição da densidade de trepadeiras, arbustos e árvores no banco de sementes, plântulas estabelecidas e comunidade regenerante e por fim, o efeito do manejo (do dossel e da regeneração) nas etapas da regeneração quanto à composição, densidade, comprimento e área basal. Como resultados, houve predominância das espécies arbóreas e arbustivas apenas no banco de sementes, ao passo que as trepadeiras foram mais abundantes nas etapas seguintes de regeneração. O manejo de trepadeiras do dossel aumentou o crescimento dos regenerantes de arbóreas e arbustivas; trouxe maior mortalidade de trepadeiras e ao mesmo tempo, maior recrutamento de novos indivíduos de mesma forma de vida. Assim, a interferência do manejo ocasionando alta mortalidade de trepadeiras e aumento no crescimento dos regenerantes arbóreos e arbustivos nos traz indicativos da importância de se manejar um fragmento degradado. Ao mesmo tempo, a elevada capacidade da trepadeira em se restabelecer após o manejo evidencia a necessidade de manutenção deste manejo. Ou seja, nossos resultados indicam positivamente o uso do manejo de trepadeiras, desde que haja manutenção até que o dossel possa ser fechado pelas árvores, minimizando a recolonização das trepadeiras.