Trepadeiras em afloramentos rochosos no Nordeste oriental do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: LUCENA, Danielly da Silva
Orientador(a): ALVES, Marccus Vinicius da Silva
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Biologia Vegetal
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/18682
Resumo: O presente trabalho objetivou reconhecer a composição florística e o espectro biológico das espécies trepadeiras ocorrentes em dois afloramentos rochosos no estado de Pernambuco, assim como, analisar a composição florística e síndromes de dispersão, e determinar a influência de fatores abióticos na riqueza de trepadeiras em afloramentos rochosos inseridos em diferentes formações vegetacionais do Nordeste oriental do Brasil. Foi realizado o levantamento florístico do hábito trepador em dois afloramentos rochosos do estado de Pernambuco, nos municípios de Bezerros (Pedra do Cruzeiro) e Triunfo (Pico do Papagaio), através de coletas botânicas períodicas em cada área. Os dados para reconhecimento da composição e similaridade florística, assim como, avaliação da influência de fatores abióticos na riqueza de espécies, foram obtidos de inventários florísticos previamente publicados e referentes a 15 áreas de afloramentos rochosos, localizados nos estados da Paraíba e Pernambuco. Com base nos dados dos dois afloramentos inventariados foram identificadas 58 espécies, 39 gêneros e 20 famílias botânicas. O espectro biológico predominante foi o fanerófito (80%). Dentre as espécies, 62% são amplamente distribuídas e ocorrem nos três domínios fitogeográficos do Nordeste (Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica). A composição florística das 15 áreas de afloramentos rochosos avaliadas foi de 147 espécies, distribuídas em 67 gêneros e 25 famílias botânicas. Neles a autocoria foi a síndrome de dispersão com maior destaque entre as espécies (44%). Três grupos florísticos foram identificados e dentre os fatores analisados, distância geográfica e tipos de vegetação circundante são os principais responsáveis pela composição florística e agrupamento entre as áreas. A riqueza de espécies apresentou correlação positiva com altitude e negativa com a distância da costa e temperatura, a riqueza de trepadeiras herbáceas apresentou correlação negativa com a precipitação, enquanto a riqueza de trepadeiras lenhosas se manteve constante com a precipitação. As espécies identificadas, apesar de amplamente distribuídas, respondem a um padrão florístico de acordo com os tipos vegetacionais onde os afloramentos rochosos estão inseridos.