Leitura e escrita: do sintoma ao sujeito

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Trindade, Silvia de Carvalho Machione
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59140/tde-09022021-171318/
Resumo: Esta pesquisa advém do nosso interesse em pensar a Educação a partir dos conhecimentos trazidos pela Psicanálise no ambiente institucional de educação não escolar. Nossa prática profissional colocou-nos diante de sujeitos que apresentavam dificuldades com a leitura e a escrita, o que nos instigou a pensar sobre como a teoria psicanalítica, especialmente no que se refere ao sintoma, poderia contribuir no trabalho com esses sujeitos. A Psicanálise tem como hipótese de trabalho o inconsciente - ao qual o Eu é submetido -, que se manifesta em atos falhos, sintomas, chistes, sonhos, isto é, arranjos inconscientes subjetivos, com vistas a alcançar alguma forma de satisfação. A partir dessa premissa, nosso objetivo foi investigar a relação do inconsciente freudiano com as dificuldades de aprendizagem na leitura e na escrita de sujeitos que apresentam um suposto atraso no processo de alfabetização. Por meio da pesquisa de campo, realizada em uma Organização Não Governamental que desenvolve um projeto de alfabetização para crianças e adolescentes com o perfil acima descrito, analisamos o percurso de três sujeitos, trazendo a construção dos casos fundamentada nas contribuições teórico-metodológicas da Psicanálise freudo-lacaniana. Dessa forma, acompanhamos as contribuições e efeitos práticos possíveis à Psicanálise no contexto institucional e, também, algumas de suas limitações. Buscamos demonstrar como a posição do sujeito em face do Outro se repete em suas relações dentro das instituições que frequenta e produz ressonâncias no processo de aprendizagem, sendo necessários manejos indiretamente associados ao ensinar e ao aprender. Considerando o impacto do inconsciente no processo de aprendizagem, refletimos a respeito de como o psicanalista pode contribuir no campo da Educação, encaminhando para o foco das discussões a singularidade do sujeito e seu trabalho de implicação naquilo que é trazido pelo aluno como problema.